Já alguma
vos aconteceu sentirem um vazio, um espaço no mundo ocupado por vós que deixou
de existir, saberem que algo pelo qual nutriam simpatia terminou? Pois foi isso
que me aconteceu ontem ao tomar conhecimento que o grupo Vozes do Carmo, ontem,
terminou.
Não fui um assíduo interveniente na sua
história. Mas as poucas vezes em que tive a oportunidade de dar o meu
contributo em actuações, fi-lo com toda a entrega, e senti-me muito feliz,
porque o ambiente nos ensaios tinha algo de especial, a Igreja do Carmo em
Aveiro.
Muito embora o grupo tenha sido
fundado em 1990 pelo Frei Rui, uma excelente pessoa, com o nome de Vocces
Carmeli, só em 1998 os comecei a acompanhar. Em 2000 vencemos o festival
diocesano da canção, em Recardães, perante uma plateia de 1500 pessoas, o que
continua a ser para mim um grande momento.
Ainda como Vocces Carmeli participei
no espectáculo do 15º aniversário, em 2005.
Regressaria em 2013 até 2015, indo
então encontrar o mesmo grupo, mas
com outro nome: Vozes do Carmo. Foram três anos de actuações intensas e muito
bem conseguidas, recordando com especial sabor a inesperada ovação em pé, que
recebemos da plateia do Teatro Aveirense, na actuação da noite de 25 de Outubro
de 2014, culminando a minha prestação no grupo, curiosamente, talvez por artes
do destino, com a minha participação no espectáculo da comemoração do seu 25º
aniversário, também no Teatro Aveirense.
Mais um grupo de Aveiro de que fiz
parte e que terminou.
Por quanto de vós trouxe no peito,
obrigado Vocces Carmeli/Vozes do Carmo!