Cada estátua conta uma história, caminhos de eternidade
feitos por intermédio do pensamento ou do heroísmo. Injusto será para a memória
de quem é representado na estátua, que aquela, ao ser observada e admirada por
nós, nada nos diga além da arte do artista que a esculpiu. Mas muitos de nós,
portugueses, não são dados a estas coisas da história…infelizmente.
Na cidade do Porto, entre muitas estátuas,
pois que a Invicta foi predestinada ao pensamento e ao heroísmo, podemos
observar a enorme e excelente estátua erigida à memória de D. Pedro IV, um
agradecimento da cidade do Porto e de todo o Portugal liberal da década de 30
do século XIX. Em face da usurpação do trono por parte do seu irmão absolutista
D. Miguel, D. Pedro IV (I do Brasil), veio à frente de um exército formado por
8000 homens, defender os direitos da sua filha, a infanta D. Maria, ao trono português
e repôr o liberalismo ditado pela Carta Constitucional, que D. Miguel havia
ignorado. Proveniente dos Açores, D. Pedro IV desembarcou a Norte do Porto, na
Praia do Mindelo, no dia 8 de Julho de 1832, à frente daquele que ficou
conhecido como O Exército Libertador. Este foi o primeiro momento da guerra
civil entre liberais e absolutistas, que devastou o reino de Portugal durante
dois anos. Dias depois de o exército libertador se ter instalado na cidade do
Porto, ir-se-ia dar início ao Cerco do Porto, por parte de 80000 homens
formando o exército realista de D. Miguel, dando aso a um ano de muitas
história de sofrimento, heroísmo, sangue e morte.
De tudo isto nos pode falar aquela bela estátua de D. Pedro
IV a cavalo, na heróica cidade do Porto.