Quando a internet chegou a Portugal, em 1995, encontrou-me já maduro na idade. Não sei como foi que os da minha geração a receberam. Comigo a adesão foi difícil. O meu mundo era o do papel, da carta e do telefone, e continua predominantemente a sê-lo. A assimilação da sua mecânica foi-me difícil. Mas porque tenho em casa dois filhos que a net automaticamente absorveu, como aos jovens em geral, fui sendo lentamente doutrinado por eles. E lentamente fui percebendo a diferença entre um email e um site. Quando essa aprendizagem ficou concluída foi.me dado a conhecer o hi5. Daí aos blogues foi apenas um pequeno passo. Um pequeno passo...a humanidade, com a net, deu um passo da dimensão daquele passo, daquele primeiro passo que Neil Armstrong deu na lua. O avanço tecnológico está na mesma proporção. Depois conheci o mundo dos foruns.
Mas por uma razão que eu próprio desconheço, enfastiei-me, e atirei para o caixote do lixo tudo o que era incursões à internet.
Mas de ti, meu caro amigo, de ti ia-me lembrando de vez em quando, sabendo que tu existias e sentindo tristeza por te ter abandonado. Tu tens magia, virtual é certo, mas magnetizante. E quando te idealizei, fi-lo com tanto carinho e imbui-te de tanto sentimento conimbricense, que me começou a ser difícil suportar o abandono a que te votei.
Agora que me reconciliei contigo estou pronto a, eu e tu, de braço dado, caminharmos por esse mundo, à distância de um clik.
Nem tu deixaste de ser o futrica do Mondego nem eu o penedo que, porventura, possa albergar poetas.
Com Coimbra permanentemente no coração!
Mas por uma razão que eu próprio desconheço, enfastiei-me, e atirei para o caixote do lixo tudo o que era incursões à internet.
Mas de ti, meu caro amigo, de ti ia-me lembrando de vez em quando, sabendo que tu existias e sentindo tristeza por te ter abandonado. Tu tens magia, virtual é certo, mas magnetizante. E quando te idealizei, fi-lo com tanto carinho e imbui-te de tanto sentimento conimbricense, que me começou a ser difícil suportar o abandono a que te votei.
Agora que me reconciliei contigo estou pronto a, eu e tu, de braço dado, caminharmos por esse mundo, à distância de um clik.
Nem tu deixaste de ser o futrica do Mondego nem eu o penedo que, porventura, possa albergar poetas.
Com Coimbra permanentemente no coração!
3 comentários:
Eu sei, como muitos, principalmente por ser filho de uma terra que já foi conhecida como "terra dos papagaios" - aves palradoras de plumagens coloridas^-, que este animal, passada a infância, não aprende mais a falar. Emite alguma algaravia, mas nunca imitará com perfeição o falar dos humanos. Assim, por analogia, acontece também conosco, homens maduros, com relação às novas tecnologias. Até, com muito esforço, nos portamos bem ante a estes emaranhados de idéias. A realidade,todavia, se nos apresenta crudelíssima: jamais seremos um virtuose nos caminhos desta parafernália de inovações. Quando muito, propomos uma convivência amorosa com estes enganchos, como fizestes, e que graciosamente existem nos sinceros casos de pura e cândidas mancebias. Convivemos; nada mais...
Poeta do Penedo, o anônimo sou eu Gibson Azevedo da Costa. Êita tecnologia cacête!...
Caro gibson azevedo
realmente, por mais que tentemos perceber toda esta «parafernália de inovações», nós, os maduros, haveremos sempre de a tratar à Cacetada, porque para mais não temos jeito.
Mas, é ela que nos permite termos este pequeno diálogo, separando-nos todo um oceano. Foi essa maravilhosa capacidade que me atraiu.
«Êita tecnologia cacête»- uma expressão deliciosa e cheia de humor, bem ao jeito do Brasil, que decerto mais nenhum povo perceberá o seu sentido, a não ser quem a criou e os portugueses. Muito embora no nosso vocabulário não exista nem nunca tenha existido tal expressão, é interessantíssimo o facto de imediatamente termos assimilado o seu sentido. Não há dúvida que entre brasileiros e portugueses existem fortes ligações.
Briosas saudações
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