segunda-feira, 25 de setembro de 2017

D. MANUEL MARTINS, BISPO DE SETÚBAL, O BISPO VERMELHO




Geralmente não presto grande atenção às nomeações dos sacerdotes católicos para bispos. Como tal nunca sei qual é o bispo que ocupa a diocese daqui ou dali…inclusivé a de Aveiro, a cidade onde vivo. E isso acontece por uma simples razão: embora eu seja católico (não praticante), considero que o mundo dos bispos é inacessível ao meu pequenito mundo. Como tal essas nomeações nunca me despertaram qualquer interesse. Excepto D. Manuel Martins!
Em qualquer lugar em que o visse, em qualquer situação em que me encontrasse, eu saberia que aquele senhor era o Bispo de Setúbal, porque ao contrário de todos os outros bispos, a D. Manuel Martins eu vi-o muitas vezes na televisão, a ser interventivo na vida da sua diocese, a defender a triste condição dos pobres. Por isso era chamado o Bispo Vermelho.
Faleceu hoje!
Obrigado D. Manuel Martins pela sua entrega, pela sua luta pelos mais desfavorecidos, por ter mostrado como a religião pode ser importante na política que decide a vida de um povo.

sábado, 9 de setembro de 2017

NOTAS AMADORAS DE UMA HISTÓRIA QUE TAMBÉM É MINHA: CONFERÊNCIA DE ZAMORA- 1143, QUEM NÃO SABE ESTA DATA NÃO É BOM PORTUGUÊS

O início da nacionalidade caracterizou-se por uma luta em duas frentes: enquanto no território portucalense D. Afonso Henriques fazia frente ao rei de Leão, no sentido de obter a independência, ao sul de Coimbra conquistava território aos mouros, inserido no movimento da reconquista cristã, na Península Ibérica. Foi essa acção que marcou a vitória na Batalha de Ourique, que tivera lugar em 1139, entre todas as outras acções.
         Quatro anos volvidos, em 1143, teve lugar a Conferência de Zamora, através da qual chegava a paz entre as duas partes ibéricas: o Condado Portucalense, com pretensões a reino independente, liderado por D. Afonso Henriques e o Reino de Leão, tendo por rei D. Afonso VII de Leão, que teve por testemunha o legado papal Guido de Vico, tendo sido reconhecido a Afonso Henriques o título de rei, que se colocou a si e ao reino de Portugal sob a protecção de Roma, mediante o pagamento de um censo anual no valor de quatro onças de ouro.
         Estavam escancaradas as portas para a independência.

         Quando eu andava na escola primária aprendia-se que: 1143, quem não sabe esta data não é bom português!