Emocionei-me com o discurso de aclamação de vitória de Barak Obama, novo presidente dos Estados Unidos. Ainda sou dos que acreditam nas pessoas, apenas escutando-lhes as palavras emocionadas, descobrindo-lhes a verdade que encerram, que eu suponho encerrarem verdade.
É que nos tempos que correm, por vezes sinto-me um pacóvio, ultrapassado pela desonestidade, quantas vezes camuflada de genuína honestidade. Acho que nunca existiram tantos lobos vestidos de cordeiros, como actualmente.
E depois de ter visto um documentário que por aí corre, sobre esquemas demoníacos, sobre o 11 de Setembro, nascidos no seio dos americanos, feito por americanos...fico com muitas reservas.
Mas, a serem sinceras as palavras de Barak Obama,tal será um forte indicador de quão histórica virá a ser a sua administração, tanto quanto foi a sua eleição. Esta é a leitura de um simples zé do povo, português, que muito longe está de entender os meandros complicados da política, e mais complicados o são, quando à política se colam vínculos da mentira e do engodo.
Mas, quando Obama pega numa mulher, muito provavelmente negra, de 106 anos de idade, eleitora numa assembleia de voto, bem longe da Casa Branca, a coloca como trave mestra do seu discurso, e faz uma pequena resenha da história norte-americana, desde os tempos da escravatura até aos nossos dias, para demonstrar o quanto é grande a sua nação, é, no mínimo, um sinal positivo do carisma da sua futura política.
Independentemente de muitos interesses económicos em jogo, continuo convicto de que a Europa muito deve aos americanos, pois foi graças a eles que Hitler foi derrotado. Independentemente de muitos interesses económicos em jogo, que os há, o mundo ocidental muito deve aos filhos dos Estados Unidos, que deram a sua vida em prol dos interesses de outros países, independentemente dos interesses que o seu governo defendia com as actuações em vários palcos de guerra (Coreia, Vietname, Sumália, Iraque, Afeganistão).
Na minha opinião, muita da má vontade que a Europa demonstra pelos Estados Unidos, reside no facto de o velho continente, que durante séculos dominou o mundo, ter perdido essa controle para os Estados Unidos, antiga colónia britânica, que apenas precisou de duzentos anos de independência para se tornar a maior potência do mundo.
Talvez na força das palavras de Barac Obama resida parte da resposta a essa questão. «Yes, we can», afirmou ele inúmeras vezes, fazendo com que as suas palavras transbordassem de confiança, contagiassem os milhares que o ouviam. Talvez nessa confiança colectiva resida o segredo do progresso.
E ao passo que uns, ao chegarem, afirmam- sim, nós podemos,
outros há, que quando chegam dizem que o país está de tanga, e que o que de mais certo temos é a miséria e a pequenez.
Maus governantes são os que se afirmam como arautos da desgraça.
Mas, quando Obama pega numa mulher, muito provavelmente negra, de 106 anos de idade, eleitora numa assembleia de voto, bem longe da Casa Branca, a coloca como trave mestra do seu discurso, e faz uma pequena resenha da história norte-americana, desde os tempos da escravatura até aos nossos dias, para demonstrar o quanto é grande a sua nação, é, no mínimo, um sinal positivo do carisma da sua futura política.
Independentemente de muitos interesses económicos em jogo, continuo convicto de que a Europa muito deve aos americanos, pois foi graças a eles que Hitler foi derrotado. Independentemente de muitos interesses económicos em jogo, que os há, o mundo ocidental muito deve aos filhos dos Estados Unidos, que deram a sua vida em prol dos interesses de outros países, independentemente dos interesses que o seu governo defendia com as actuações em vários palcos de guerra (Coreia, Vietname, Sumália, Iraque, Afeganistão).
Na minha opinião, muita da má vontade que a Europa demonstra pelos Estados Unidos, reside no facto de o velho continente, que durante séculos dominou o mundo, ter perdido essa controle para os Estados Unidos, antiga colónia britânica, que apenas precisou de duzentos anos de independência para se tornar a maior potência do mundo.
Talvez na força das palavras de Barac Obama resida parte da resposta a essa questão. «Yes, we can», afirmou ele inúmeras vezes, fazendo com que as suas palavras transbordassem de confiança, contagiassem os milhares que o ouviam. Talvez nessa confiança colectiva resida o segredo do progresso.
E ao passo que uns, ao chegarem, afirmam- sim, nós podemos,
outros há, que quando chegam dizem que o país está de tanga, e que o que de mais certo temos é a miséria e a pequenez.
Maus governantes são os que se afirmam como arautos da desgraça.
6 comentários:
Caro poeta,
A mensagem com que Obama ganhou as eleições encerra um curioso e estratégico facto: é versátil em tamanho mas sobretudo na interpretação, porque permite que cada um transporte para ela os receios e problemas que identifica.
Assim, para uma velhinha, para um DJ, para um gestor, para um entregador de pizza, a frase pode fazer sentido individualmente, sem que todos eles partilhem esse sentido.
Cumprimentos,
Marcelo Melo
Amigo Poeta
Obama sem dúvida ganhou a confiança da maioria dos americanos e do resto do mundo, mas vai ter muito trabalho pela frente para provar que realmente merece ter o cargo mais importante do planeta.
Parece-me ser um homem com vontade de vencer em todas as suas lutas, mas vamos ver se ele não se cansa e muda consoante o passar dos anos e das influências de quem o rodeia.
Mas penso como tu, espero não me enganar e creio que ele faça algo para mudar o futuro deste mundo doente em várias frentes: política, ambiental e de valores humanos.... Ye we can!
Meu amigo poeta,
tenho as minhas reticências acerca do exito do Obama, não, não é pela cor da pele, não penses, não tenho esse estigmatismo, é apenas por ser um individuo sobre quem o mundo e principalmente os Americanos, depositam grande esperança e o mesmo não ser capaz de levar o barco a bom Porto devido a terrivel pressão que vai-se abater sobre ele.
Analisei de longe, claro, a campanha do Obama e cheguei á conclusão que a vitória era mais que previsivel, senão vejamos.
Obama tinha um "programa" seu na televisão nacional, não percebes?, eu explico:- Oprah, eu sei que este nome te diz alguma coisa, pois esta senhora falava sempre dele e apoiava-o incondicionalmente, não é tudo, mas ajuda, visto que é o programa mais visto nos States (assim dizem as estatisticas).
2º- Mc cain, era um veteranos de Guerra eo Americas estavam fartos de guerra e das suas trapalhadas.
Mas o que mais me assusta é que o Obana não acabe o mandato, pois não estou a ver os artistas do KU-KUX-KLAN, contentes com esta eleição, mas tenho esperança.
Abraço
Caro Marcelo Melo
No que me é permitido ser sensível, não considero a questão da velhinha uma banalidade. Bem pelo contrário. Caso eu fosse americano, ela representaria para mim 106 anos de história, que, por mais uma geração, se liga à guerra civil americana, que teve como rastilho a abolição da escravatura, como todos sabemos (não sei se os americanos sabem porque razão tivemos a nossa guerra civil entre 1832/1834), e que, há poucos dias, elegeu para seu presidente um negro.
Saudações amistosas.
Amigo xupaulo
comungo contigo os votos de esperança de que Barack Obama, tenha a inspiração necessária para trazer melhores dias a este mundo, muito embora eu não consiga aceitar que o mundo, deposite nas mãos de um único homem, a responsabilidade de o melhorar. O mundo degrada-se em muitos vectores: económico, ambiental e, o que mais me impressiona, moral. São os Estados Unidos co-responsáveis na degração económica e ambiental? São, sem dúvida. Eis uma incomensurável área onde Obama, o homem mais poderoso do mundo, poderá fazer correcções...urgentes. Na moralidade? Todos somos responsáveis. E a moral, ou a imoralidade, existe no intímo de cada um de nós, onde nenhum líder mundial tem acesso.
Grande abraço.
Caro amigo monteiro
As feições de Barack Obama transmitem-me confiança e altos indíces de competência. É desta forma que faço a minha primeira análise a todos aqueles que não conheço. No seu rosto leio bastante. E geralmente acerto. No entanto, e tal como tu, existe no ar o perigo de o não deixarem trabalhar. E não é pela via política; é mesmo pela sua eliminação, a sua morte. Embora Obama tenha ganho em muitos dos Estados do Sul, a Ku Klux Klan continua activa, e neste momento deve estar ao rubro. Não sei se terá força suficiente para fazer perigar a vida do presidente, mas considero ser uma ameaça. Espero que os americanos tenham aprendido o suficiente, com os assassinatos dos irmãos Keneddy, de modo a conseguirem preservar a vida do presidente, numa legislatura de alto risco.
Um grande abraço
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