Num tempo
Que ao tempo
Já não ocupa espaço,
Na pressa do abrigo
Ver surgir,
Vi nascer a minha essência
Vi abrir-se o teu sorrir.
Por mim passou o desejo,
O amor que se fez sem pressa.
Onde estás que te não vejo
Dono da minha existência.
Tive dias de alegria
Alguém por mim olhou,
Uma voz que sempre dizia
Que eu não chegaria
Ao que sou.
Mas a morte um dia veio
Afugentando de mim a vida.
A promessa ficou pelo meio,
Já que tu,
Meu dono,
Depressa foste de partida.
O meu dono é agora a solidão
Não passo de um triste ermo,
Sou sangue sem coração
Sou história a que se pôs termo.
Na ruína do meu ser
Tenho por companhia o luar.
Já me não é possível querer
O amor,
Que outrora em mim teve lugar.
25/02/2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
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2 comentários:
Muito obrigada pelo comentário, Jorge! :D
Beijinhos
Em que tempo?
Nem tudo lembra o fim
Nos arroubos do agora...
Na azáfama, no agito.
Não há tempo...
Abafa-se o grito.
Alheios ao momento,
Vagueiam súbito,
Reles pensamentos...
No etéreo, infinito:
Ermos, somos...
- Corola fanada –
Onde tudo o mais é finito!...
Natal-RN, 18/ agosto/ 2009.
Gibson Azevedo - poeta
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