Na segunda
metade do último século do primeiro milénio, uma mulher houve que se destacou no
Noroeste da Península Ibérica (região que integrava o futuro território berço
de Portugal) pela acumulação de riqueza que lhe deu muito poder: a Condessa
Mumadona Dias.
Numa época em que os árabes eram uma
absoluta ameaça, ocupando ainda toda a parte sul da Península Ibérica, O Conde
Hermenegildo Gonçalves, senhor de Portucale e Coimbra, em 930 casou com
Mumadona Dias. Já viúva, em 959, a Condessa fez doação de vastos domínios ao
Mosteiro de Guimarães, localidade na qual iria construir um castelo (berço de
Portugal). Desses vastos domínios doados aos frades de Guimarães, faziam parte
terras de Alavarium, a actual Aveiro. Por essa razão, o documento de doação das
terras de Aveiro ao Mosteiro de Guimarães, é o documento mais antigo conhecido
em que é mencionado o nome de Alavarium (Aveiro), e Mumadona Dias uma mulher
para sempre historicamente ligada, para além de Guimarães, também a Aveiro.
Por essa
razão em 1959 Aveiro celebrou o seu milénio como povoação.
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