Perante os
acontecimentos da última Sexta-Feira, em Paris, sou forçado a relegar para
segundo plano a critica situação política do nosso país. É que quando são
postos em causa os nossos valores ocidentais de liberdade e democracia, e
principalmente do valor da vida humana, todas as sirenes tocam a reunir e
ordenam que corramos num só sentido: a união da qual emane a força.
A França,
uma super potência europeia, neste ano de 2015, mesmo com todo o seu
desenvolvimento económico e social, foi, no entanto, incapaz de evitar que, já
por duas vezes, as ruas da sua capital tivessem sido dilaceradas e
ensanguentadas pelo cobarde terrorismo, independentemente, de, segundo
notícias, ter conseguido neutralizar neste ano muitas tentativas de outros
tantos atentados.
Disse um
comentador que a nossa civilização recuou mil anos. Isso fez-me lembrar que foi
a França o berço da Ordem dos Templários, cavaleiros monges que tinham por
principal função a defesa dos peregrinos na Terra Santa.
A minha
sentida homenagem a todos aqueles que, inofensivamente, na noite de 13 de
Novembro de 2015, em Paris, ao assistirem a um concerto ou a relaxarem num
café, foram fatalmente alvo de um ódio doentiamente religioso e terrivelmente
bárbaro e assassino, há muitos séculos adormecido e que neste séc. XXI
definitivamente acordou.
Aos mortos
de Paris paz às suas almas e muita força às famílias enlutadas.
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