Conheci em
1970 a trágica história do naufrágio do transatlântico Titanic, numa velha
revista das Selecções do Reader’s Digest, que encontrei num baú esquecido, num
sótão onde já ninguém ia. Tinha então 14 anos de idade. Mas a notícia
impressionou-me tanto que a tenho perseguido pelos anos fora. Lendo umas linhas
aqui, outras ali, pude montar um puzzle na minha mente, que me proporcionou a
possibilidade de conhecer um pouco melhor aquele acontecimento, o mais trágico
de toda a história da marinha mercante.
Não sei se o homem considerará que
alguma das máquinas que actualmente constrói será indestrutível. Mas naquele
tempo, em que se davam os primeiros passos na engenharia, o homem, que tão
pouco sabia, julgava ser poderoso o suficiente para não existir no universo
força que o suplantasse.
Mas essa força existia, silenciosa,
imóvel e gelada, no que mais simples a natureza tinha!
Daqui a algumas horas completar-se-ão
105 anos sobre o momento em que o Titanic, na sua viagem inaugural, naufragou,
nas águas gélidas e calmas do Atlântico Norte, às 2:05h da madrugada do dia 15
de Abril de 1912, após ter embatido num descomunal icebergue.
Entre tripulantes e passageiros seguiam
no navio 2200 pessoas. Dessas, às 2:30,
1497 iriam estar mortas. As restantes sobreviveram graças a terem
conseguido chegar aos poucos barcos salva-vidas existentes a bordo. A
engenharia de então, e a empresa proprietária- White Star Line, não acharam
necessário equipar o navio com mais barcos salva-vidas, pois consideravam que
nada neste mundo era suficientemente poderoso para afundar aquele navio.
Os sobreviventes viriam a ser
recolhidos, horas depois, pelo navio Carpathia. Quanto aos mortos, apenas 306
corpos foram recuperados, e foram-no pelo navio lança-cabos submarinos Mackay-Bennett.
O local onde repousa o Titanic está
devidamente identificado, encontrando-se a uma profundidade de 3800 metros.
Acho que seria uma manifestação de
verdadeira inteligência, se começássemos a ter mais respeito pelas forças
geradas pelo planeta que nos serve de casa.
Perguntem ao inafundável Titanic!
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