16 de Junho de 1940, estava a Europa a sofrer a II Grande
Guerra havia dez meses. França está terrivelmente trucidada pela invasão nazi.
Os judeus ali residentes tentam escapar à morte certa. Espanha nega-lhes
refúgio. Salazar também. Mas então, para 30.000 judeus franceses aconteceu um
milagre: Bordéus transformou-se local quase sagrado, onde era possível obter a
salvação. E obtiveram-na, mediante vistos que, durante sete dias, nesse mês de
Junho, o Cônsul Português em Bordéus, Arístides de Sousa Mendes, passou
indiscriminadamente na tentativa de salvar as vidas que lhe fosse possível
salvar, mesmo contra as ordens do seu governo.
Conseguiu os seus intentos, mas tendo
sacrificado o seu bem estar e o da sua família, pois que caiu em pleno
esquecimento por parte do Estado Novo, do qual era presidente do conselho
António Oliveira Salazar. A sua carreira como diplomata terminou naquele ano de
1940. Aos seus catorze filhos foi-lhes negado a frequência do ensino superior
em Portugal.
Mais tarde viria a Associação Judaica
de Lisboa prestar auxílio a esta família, fornecendo-lhes alimentos e
assistência médica.
Completam-se hoje 63 anos sobre a morte
do Cônsul Arístides de Sousa Mendes, que ocorreu no dia 3 de Abril de 1954, na
miséria.
Hoje, a sua casa do Passal, em Cabanas
de Viriato- Viseu, foi visitada pelo Presidente da República, Dr. Marcelo
Rebelo de Sousa, que o homenageou postumamente com a Grã-Cruz da Ordem da
Liberdade.
Arístides de
Sousa Mendes, um herói que Portugal esqueceu, mas que um grande Presidente
recordou.
Um
verdadeiro símbolo da liberdade!
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