Em 2016 ganhámos o campeonato da Europa em futebol. Em Maio
de 2017, depois de 53 anos a tentarmos, conseguimos vencer o Festival da
Eurovisão. Portugal estava em alta, numa fase prodigiosa como eu nunca nos
tínhamos visto. O turismo aumentou pelo país de forma absolutamente fantástica,
o desemprego decaiu notoriamente, o poder de compra dos portugueses melhorou
ligeiramente, sentia-se que a confiança se ia depositando. Como que uma caixa
mágica de oportunidades se abriu em Portugal.
Chegou 2018. Em Lisboa, pela
primeira vez em 54 anos, teve lugar o Festival da Eurovisão. Para nossa
tristeza, como um balde de água gelada, no nosso próprio país classificámo-nos
em último lugar. Neste ano em que, daqui a menos de um mês, estaremos presentes
no Campeonato do Mundo de futebol, a decorrer na Rússia, assistimos,
incrédulos, aos vergonhosos acontecimentos na academia de Alcochete do Sporting,
com expectativas de coisas mirabolantes virem ainda a ser descobertas, como
indicam os indícios. Isto não é futebol, mas pertence ao mundo do futebol, em
casa do campeão europeu em título.
Façamos força para que os negros
incêndios de 2017 não tenham queimado a estrelinha da sorte, que tanta falta
faz, mesmo às sociedades mais dinâmicas e progressistas.
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