...Sou de Viseu. Por isso
durante muitos anos prestei serviço na cidade de Aveiro e foi assim que tive a
oportunidade de conhecer a história e a vida do Serôdio.
Naquele seu primeiro
Domingo de serviço em Aveiro, patrulhando o giro quatro, que era composto pelas
ruas de S. Sebastião, Mário Sacramento e Avenida Araújo e Silva, refugiado em
si próprio, escapando assim à solidão das ruas desertas, Serôdio teve a
oportunidade de recordar os seus primeiros três anos de vida policial.
Fazia um balanço desastroso; o serviço que tinha de executar até que
tinha aliciantes, levando em conta que se tratava do bem estar dos cidadãos.
Mas sob as ordens de tais homens, e tendo como logística a miséria que se via,
ele perdia todo o incentivo. Corria riscos, perdia noites, era mal remunerado e
nem uma palavra simpática recebia em troca. Era este então o tal «espirito de
missão»: dar muito e em troca quase nada receber! Como escape para tanta
frustração deveria insurgir-se contra os seus colegas «do antigamente»? Era
evidente que não. Isso seria um enorme disparate...(em continuação, ex. XXXIX)in Filhos Pobres da Revolta
Março/2003
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