Após D.
Afonso Henriques se ter visto reconhecido como rei, pelo papa Alexandre III, em
1179, curiosamente, como que enraivecidos por esse facto, os mouros endureceram
a sua acção na Península Ibérica, inclusivamente em território já português que
havia já sido conquistado pelo fundador da nacionalidade, D. Afonso Henriques,
atacando, entre 1179 e 1181 as praças de Abrantes, Coruche, Évora e Lisboa,
sendo sempre rechaçados. Por outro lado os Almóadas avançaram até à linha do
Tejo, territórios ainda mal consolidados por parte do domínio português. O Emir
de Marrocos, Yusuf I, atravessou o estreito de Gibraltar com as suas tropas, em
Maio de 1184, vindo apoiar no ataque às linhas fronteiriças do Tejo, chegando a
cercar Santarém, que, no entanto, não caiu nas mãos dos invasores. À frente das
tropas portuguesas encontrava-se agora o infante D. Sancho, dada a idade
avançada do seu pai D. Afonso Henriques.
O fundador da nacionalidade, D.
Afonso Henriques, faleceria no ano seguinte, a 6 de Dezembro de 1185,
sucedendo-lhe no trono o seu filho, o infante D. Sancho, como D. Sancho I,
tendo sido aclamado rei três dias depois em Coimbra.
D. Afonso Henriques foi sepultado na
Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, na altura capital do reino, onde ainda se encontram
os seus restos mortais, lugar de culto para todo o português. Pelo menos para os portugueses que sentem orgulho na sua
história!
Sem comentários:
Enviar um comentário