Num tempo
Que ao tempo
Já não ocupa
espaço,
Na pressa do
abrigo
Ver surgir,
Vi nascer a
minha essência
Vi abrir-se
o teu sorrir.
Por mim
passou o desejo,
O amor que
se fez sem pressa.
Onde estás
que te não vejo
Dono da
minha existência.
Tive dias de
alegria
Alguém por
mim olhou,
Uma voz que
sempre dizia
Que eu não
chegaria
Ao que sou.
Mas a morte
um dia veio
Afugentando
de mim a vida.
A promessa
ficou pelo meio,
Já que tu,
Meu dono,
Depressa
foste de partida.
O meu dono é
agora a solidão
Não passo de
um triste ermo,
Sou sangue
sem coração
Sou história
a que se pôs termo.
Na ruína do
meu ser
Tenho por
companhia o luar.
Já me não é
possível querer
O amor,
Que outrora
em mim teve lugar.
Sem comentários:
Enviar um comentário