Comemora-se hoje em Aveiro o 192º aniversário sobre o dia 16
de Maio de 1828, dia em que o povo aveirense veio para as ruas gritar «vivas» a
D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil) e à sua filha Infanta D. Maria, e «morras» a
D. Miguel. Ficou conhecida como a revolta dos cabeças cortadas, que teve por
cabecilha o ex-membro da Câmara de Deputados Joaquim José de Queirós,
dissolvida por D. Miguel, em Março de 1828. Foi este movimento, apoiado pelo
Batalhão de Caçadores Dez de Aveiro, o primeiro grito de revolta, em Portugal,
contra o regime absolutista de D. Miguel e da mãe, a rainha Carlota Joaquina,
que Portugal haveria de ver debelado apenas seis anos depois, em 1834, após a
guerra civil que ensanguentou Portugal entre 1832 e 1834. Sete dos cabecilhas
da revolta (nos quais não se encontrava Joaquim José de Queirós), foram presos
e enforcados em 1829, na Praça Nova no Porto. As suas cabeças foram decepadas e
enviadas para Aveiro, onde estiveram em exposição pelas ruas da então já
cidade. Encontram-se sepultadas sob um monumento aos mártires da Liberdade, no
cemitério central.
Joaquim José de Queirós, mais tarde Conselheiro Queirós, veio
a ser avô paterno do nosso grande Eça de Queirós.
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