Acabei de
ler o romance de José Rodrigues dos Santos- «O Sétimo Selo». Inquietante e
perturbador!
Levando em
conta a pessoa que é o autor na sociedade portuguesa, exigindo-se-lhe, por
isso, responsabilidade; levando em conta as fontes que inúmera; levando em
conta, por fim, a sua chamada de atenção para o facto de que, a informação
fornecida, é baseada em fontes científicas fidedignas, o romance é inquietante
e perturbador.
Sem querer
revelar a trama do romance, que não seria simpático da minha parte para todos
os que, porventura, se encontrem interessados em o ler, sempre direi que a
humanidade, caso não seja encontrada uma solução para novas energias que
mantenham a vida económica tal como nós, homens do século XXI, a concebemos,
poder-se-á confrontar com o limiar não só da insustentabilidade, como da
própria sobrevivência.
É que a
dependência total do petróleo está a provocar o aquecimento global, que, em
muito poucas décadas, pode levar á eclosão de um cataclismo tal, que poderá
colocar em risco a sobrevivência da espécie humana; por análise do ar retido
nas camadas inferiores do gelo do ártico ( gelo esse referente a duzentos e
cinquenta milhões de anos atrás, em que por um cataclismo semelhante se
extinguiu 90% da vida na terra), se verifica que os níveis de dióxido de
carbono se encontravam então pouco acima dos níveis actuais.
Por outro
lado, o petróleo está a acabar. Certamente que resolveria o problema anterior
(muito embora o processo não fosse assim tão simples), mas poderá vir a criar
um outro problema gravíssimo- o aniquilamento da economia- o colapso social.
Para um
leitor minimamente consciente, é, no mínimo, um livro preocupante.
Façamos
votos para que os cientistas, como é aventado pelo autor, possam, rapidamente,
e este rapidamente não poderá ser superior a um período de vinte anos, encontrar uma solução para as necessidades
energéticas do planeta.
Uma
verdadeira história de terror!
2 comentários:
Caro Poeta do Penedo,
Estou convicto de que os cientistas têm já soluções-sementes que capazes de resolver esta dependência do petróleo que é como uma mortalha que nos vem escravizando.
A maior dificuldade coloca-se na implementação à escala mundial das alternativas. Isso é mais uma questão de natureza política e económica do que de aprimoramento da tecnologia.
Espero que a transição se faça dentro em breve, e pela minha parte (engenharia química) estou disponível para participar e acomodar esse processo de mudança.
Um abraço.
Marcelo Melo
Caríssimo Marcelo Melo
faça-se realidade nas suas palavras. Que os políticos tomem consciência de que têm o futuro da humanidade na mão, não o futuro do planeta, que esse saberá muito bem desenvencilhar-se da estupidez desta recém chegada espécie de primatas, e deixem a ciência para os cientistas, e lhes dêem condições de trabalho no sentido de encontrarem soluções energéticas. E nesses incluo-o a si, que a partir de agora sabe que um seu amigo se preocupa com este problema, e tem esperança que você, com a sua muito bem demonstrada inteligência, possa contribuir para essa solução.
Um abraço, meu caro amigo.
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