Hoje, a dado
momento, ao ler o Diário de Aveiro, apercebi-me de que este jornal não aderiu ao acordo ortográfico, o que me deixou muito feliz. Até que
enfim que vejo uma fonte com responsabilidades nas letras portuguesas, a dizer
não a essa patetice. Muitos me chamarão muitos nomes pelo que acabei de
escrever. Que chamem!!
Já me
disseram que sou retrógrado, que esta é mais uma evolução da nossa língua, como
tantas que já sofreu, que se assim não fosse ainda continuaríamos a escrever
farmácia com «ph». Bom, não sei quando nem porque razão o «ph» foi substituído
pelo «f» no vocábulo «farmácia». Mas, sendo eu um cidadão deste mundo e deste
país, tendo o meu próprio cérebro para pensar, que suponho que tem a mesma
massa encefálica que o cérebro dos iluminados (eles é que pensam que não), sei
muito bem porque razão houve necessidade, nas altas esferas pensantes, de fazer
esta ultrajante alteração á língua portuguesa. O espírito é o mesmo daquele que
obrigou a que, o senhor ministro dos negócios estrangeiros, tivesse pedido
desculpa a Angola pelos processos judiciais a decorrer em Portugal sobre
cidadãos angolanos.
Muito mal vai um país quando responsáveis por ele têm vergonha, se sentem incomodados com
a sua história. A língua portuguesa é falada em muitos locais do globo. Podem
alterá-la a seu belo prazer, mas os portugueses têm a responsabilidade de não
deixar que as tentativas para se alterar a nossa língua, dentro do nosso
próprio país, tenham êxito.
Até poder
escrever irei fazê-lo, orgulhosamente, com erros. Foi esse o português que me
foi ensinado na Escola Primária de Almedina, em Coimbra. Até poderia tentar
alterá-la, na minha escrita, se tivesse consciência de que não era uma
necessidade que nos foi quase imposta fora da nossa fronteira.
Tiro o
chapéu ao Diário de Aveiro.
2 comentários:
Eu também tiro o chapéu :)
Também não aderi :P
Olá Paula. Isto do acordo é apanágio de uma mentalidade um tanto ou quanto subserviente, que se nota na nossa política. Muito pior do que ser-se pequeno em termos de território, é sê-lo na consciência do ser.
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