sábado, 18 de janeiro de 2014

ACORDO ORTOGRÁFICO...ALMEDINA DIZ-ME QUE NÃO!

Hoje, a dado momento, ao ler o Diário de Aveiro, apercebi-me de que este jornal não aderiu ao acordo ortográfico, o que me deixou muito feliz. Até que enfim que vejo uma fonte com responsabilidades nas letras portuguesas, a dizer não a essa patetice. Muitos me chamarão muitos nomes pelo que acabei de escrever. Que chamem!!
Já me disseram que sou retrógrado, que esta é mais uma evolução da nossa língua, como tantas que já sofreu, que se assim não fosse ainda continuaríamos a escrever farmácia com «ph». Bom, não sei quando nem porque razão o «ph» foi substituído pelo «f» no vocábulo «farmácia». Mas, sendo eu um cidadão deste mundo e deste país, tendo o meu próprio cérebro para pensar, que suponho que tem a mesma massa encefálica que o cérebro dos iluminados (eles é que pensam que não), sei muito bem porque razão houve necessidade, nas altas esferas pensantes, de fazer esta ultrajante alteração á língua portuguesa. O espírito é o mesmo daquele que obrigou a que, o senhor ministro dos negócios estrangeiros, tivesse pedido desculpa a Angola pelos processos judiciais a decorrer em Portugal sobre cidadãos angolanos.
Muito mal vai um país quando responsáveis por ele têm vergonha, se sentem incomodados com a sua história. A língua portuguesa é falada em muitos locais do globo. Podem alterá-la a seu belo prazer, mas os portugueses têm a responsabilidade de não deixar que as tentativas para se alterar a nossa língua, dentro do nosso próprio país, tenham êxito.
Até poder escrever irei fazê-lo, orgulhosamente, com erros. Foi esse o português que me foi ensinado na Escola Primária de Almedina, em Coimbra. Até poderia tentar alterá-la, na minha escrita, se tivesse consciência de que não era uma necessidade que nos foi quase imposta fora da nossa fronteira.

Tiro o chapéu ao Diário de Aveiro.

2 comentários:

Paula disse...

Eu também tiro o chapéu :)
Também não aderi :P

Poeta do Penedo disse...

Olá Paula. Isto do acordo é apanágio de uma mentalidade um tanto ou quanto subserviente, que se nota na nossa política. Muito pior do que ser-se pequeno em termos de território, é sê-lo na consciência do ser.