A todos os que
têm o bom hábito de frequentar este espaço, enviamos os nossos sinceros votos
de um 2014 recheado de óptimas surpresas, onde se incluam não só as horas
estritamente do foro pessoal, mas também as profissionais.
Dirigindo-me
especialmente a todos os meus compatriotas, desejo-vos muita força para fazer
frente ás adversidades que se adensam no horizonte para este novo ano, e
coragem para que todos nós consigamos tomar uma enorme atitude drástica,
perante a ignomínia que reside na sede da democracia portuguesa- a nossa Assembleia
da República. Quando os deputados da Assembleia da Republica concedem
autorização ao governo para proceder a cortes nos vencimentos dos funcionários
públicos, e á anulação dos subsídios de férias e natal, e têm a tenebrosa
imoralidade de se aumentarem, tanto nos vencimentos, como nos subsídios de
férias e natal (para o orçamento de 2014 aumentaram-se em 1.424.022 €), sem que
tal nunca tenha sido denunciado por qualquer deputado, mesmo do PCP ou BE,
chega-se á triste conclusão de que a classe política portuguesa é formada por
gente sem princípios, despojada de qualquer espécie de escrúpulos- biltres,
indignos do nosso voto. Desejo-vos, realmente, que 2014 vos consiga livrar, a
vós e a mim, deste cancro social, e nos bafeje com homens, cuja índole e
intelecto estejam consentâneos com as necessidades de políticas produtivas e
progressistas e necessidade de seriedade.
Já dizia o
nosso eterno Eça, no seu actualíssimo romance «O Conde de Abranhos», que os
políticos que estavam na Assembléia, já não tinham bem a certeza se eram
deputados ou deputedos.
A coisa
aproxima-se!
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