Quando
desapareceram as armas em Tancos, a parte da minha alma de militar, que ainda
preservo, ficou quase estarrecida. Além de todo o tipo de coisas perfeitamente
vergonhosas e escandalosas, que se têm passado neste nosso pobre país, só
faltava isto: o exército passar pela triste vergonha de se deixar roubar, de
deixar que um paiol fosse assaltado. No meu tempo de serviço militar um paiol
era o correspondente ao altar de um templo. Muitas sentinelas de serviço,
divididas por turnos, muitas rondas diárias e não eram necessários sistemas de
vigilância. Tudo funcionava na perfeição.
Os tempos mudam e parece que no seio
da tropa mudaram muito.
Agora, para meu espanto, ao fim de
alguns meses de investigações, vejo o director da Polícia Judiciária Militar
ser detido, o chefe da polícia que efectuava as investigações a esse assalto. A
sério??? Mas o que é que se passa?
E gostaria que me explicassem, que
não percebo mesmo: no meio de todo este filme infeliz, o que é que o posto da
GNR de Loulé teve a ver com tudo isto? Loulé? Nos cafundeu do Algarve?
Relacionado com um assalto à base de Tancos, no Ribatejo? Estou desejoso de
perceber esta charada!
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