Já aqui uma
vez disse que admiro imenso a escrita da nossa escritora Deana Barroqueiro, não
só pela forma extremamente cinematográfica como escreve, mas também pela enorme
investigação histórica que faz, no sentido de escrever os seus romances
históricos. Sinto que as suas pesquisas são fidedignas apresentações da
história.
E não podia ser em melhor momento que
eu podia ler o seu último romance: 1640, (que ainda não acabei) que,
obviamente, nos fala sobre a restauração da nossa independência.
E digo que não podia ser em melhor
momento, porque ao ler o romance aprendi que, de certa forma, devemos aos
catalães a possibilidade de a nossa revolução ter tido sucesso. É que em finais
de Novembro de 1640 a nossa nobreza foi convocada pelo rei Filipe III (IV de
Espanha), e pelo governo do Conde Duque Olivares para ir ajudar na revolta da
Catalunha, que há 378 anos se levantou em armas contra a opressão espanhola. A
nossa fidalguia pensou então que, guerra por guerra, antes lutar pela causa
portuguesa. E fizeram a revolução de 1640, quando o governo espanhol tinha
muitas das suas forças desviadas para a Catalunha.
Os catalães ainda continuam a lutar
pela sua independência, como se viu ontem na televisão.
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