De vez em quando a criança que vive em nós (para os que a conseguiram preservar), pede alimento.
E essa alimentação manifesta-se tanto no domínio da criatividade como no assimilar a criatividade de outros. Perante um mundo fantástico a criança que ainda somos rejubila.
Supus que nada tivesse a capacidade de superar Tolkien e «O Senhor dos Anéis». Enganei-me redondamente.
Eis que me veio ás mãos o mundo fantástico de George Martin, nas suas Crónicas de Gelo e de Fogo.
De forma magistral e super empolgante, sentindo-se ao fundo a influência do feudalismo da Idade Média, o autor criou, de raiz, toda uma sociedade, em que os interesses das várias casas senhoriais tentam igualar o poder central, na figura do rei e do primeiro ministro, a quem o autor deu o curioso nome de «mão do rei». Amor e ódio, carinho e crueldade, honra e traição, justiça e injustiça, são estes alguns dos muitos condimentos que me têm deliciado nos dois primeiros livros que já li, de um total de dez que tem a saga.
E claro, imenso mistério e magia que nos vem lá bem do Norte dos Sete Reinos, na Muralha, onde se encontram as benfazejas sentinelas da «Patrulha da Noite».
A capital do Norte, Winterfell, domina tanto o mistério e o frio do norte, como a intriga e o calor do sul.
E longe dos sete Reinos espreitam os Dothraki e a sua Kaleesi.
Estou completamente rendido! Muito satisfeito, muito mesmo, se encontra este miúdo!
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