sábado, 28 de agosto de 2010

MASSIFTONRÁ



...Longe de Tebas, bem perto da antiga capital do Egipto, Mênfis, o rio Nilo, que ao aproximar-se das águas do mar Mediterrâneo abria o seu caudal num imenso delta, guardava um descomunal segredo. Nas profundezas das suas águas existia algo de que os homens não suspeitavam- O Mundo dos Deuses. E a esse mundo, criado por Aton havia imensas gerações, o antigo deus, soberano de Mênfis e do Egipto, lhe dera o nome de MassiftonRá.
No seio das águas do Nilo, MassiftonRá era delimitado por densas paredes de água, densidade maior do que a da restante água que se deslocava para o mar. E dentro dessas paredes, os deuses atingiam o auge da perfeição, do equilíbrio mental de que necessitavam ter, para poderem reger, também com equilíbrio, o dia a dia da mente humana que dava vida à gloriosa terra do Egipto. Cada deus tinha uma função específica no desenrolar do quotidiano egípcio. Mas, findo cada dia de trabalho, em MassiftonRá encontravam a paz desejada, que lhes trazia repouso ao espírito e sabedoria para fazerem frente aos enormes enigmas, com que todos os dias eram confrontados. A raça humana era composta por mentes complexas, algumas que, felizmente, aplicavam a sua complexidade na execução do bem, mas, infelizmente, uma grande maioria criava uma complicada teia, onde se vinculavam sentimentos de ódio, egoísmo, vingança. E a todos esses problemas os deuses tinham de estar aptos a darem uma resposta, pela qual o equilíbrio mental e sentimental regressassem ao seio dos homens. Por essa razão MassiftonRá era tão importante… e completamente desconhecido pela espécie humana.
É claro que a grande maioria dos problemas existentes entre os homens, tinha a sua origem na nefasta intervenção do deus Seth, o único deus da míriade de deuses egípcios, que não habitava MassiftonRá. Seth, irmão de Osíris, bem cedo começou a revelar tendência para a excentricidade, a boémia, e por fim o mau carácter. Sendo assim, e já tendo por deus dos deuses Amon-Rá, este expulsou-o de MassiftonRá, com muita pena dos pais de Seth, a deusa Nut e o deus Geb, os quais, no entanto, compreenderam e aceitaram a decisão de Amon-Rá.
Os deuses tinham de estar na base do desenvolvimento humano, não na sua destruição. Mas com a expulsão de Seth, Amon-Rá viu-se na necessidade de criar uma força que tornasse impossível o acesso a MassiftonRá, por parte de entidades indesejáveis, na eventualidade criadas por Seth, pois muito embora o irmão de Osíris tivesse sido expulso da comunidade divina, isso não queria dizer que tinha perdido as suas faculdades como ser divino. Assim, Amon-Rá elegeu Sobek, o deus crocodilo, como guardião de MassiftonRá. Para o ajudar na enorme tarefa, que era de velar pela segurança de MassiftonRá, o deus Sobek recrutou uma enorme legião de crocodilos do Nilo, que consigo passaram a trabalhar. Dois desses crocodilos, que Sobek considerou como os de maior inteligência e capacidade de liderança, promoveu-os ao posto de bhokurac. Aos restantes crocodilos que integravam a sua legião defensiva, deu-lhes o posto de Taaril. Os dois bhokurac, que mais próximos estavam do deus crocodilo Sobek, chamavam-se ptahmor e belthaknor.
MassiftonRá tinha ainda ao seu serviço uma imensidão de obreiros, peixes naturais do rio Nilo, aos quais Amon-Rá concedera certos atributos. A estes peixes muito particulares, Amon-Rá deu o nome de siftos. A sua função crucial era a de, todas as noites, se dirigirem ao mundo dos homens, e quando estes dormiam, deslocavam-se aos seus locais de oração, onde atraíam para si todos os bons sentimentos e pensamentos, que haviam sido dedicados aos deuses. Por essa razão, todas as noites, uma enorme invasão de siftos tomava conta de Tebas, visitando todos os oráculos onde homens e mulheres haviam orado. Eram esses sentimentos de amor que serviam de alimento a todos os deuses. Para executarem essa função, os siftos, originariamente peixes, deslocavam-se em direcção ás margens do Nilo. Ali chegados, emergiam e automaticamente tomavam a forma de crianças. Depois, numa corrida silenciosa mas desenfreada, dirigiam-se para as zonas habitadas pelos homens. Recolhidos os bons sentimentos, que se lhes colavam à pele, que tinham por destinatários os vários deuses, os siftos, em forma de crianças, corriam estonteantemente em direcção ao Nilo; lá chegados, submergiam, voltando a tomar a forma de peixes; e logo nadavam na direcção de MassiftonRá, onde os deuses os aguardavam, ávidos pelo alimento. Os siftos emanavam um fluído especial, o qual era detectado por todos os guardiães de MassiftonRá, que assim os sabiam distinguir dos peixes normais, aos quais estava vedada a entrada. Esse fluído servia de repelente, caso um crocodilo comum visse num sifto uma potencial refeição...(em continuação, pág. 28, ex. IX)

in A CAUSA DE MASSIFTONRÁ

Novembro/2005

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MÚSICA DE UMA VIDA- INDIA



Gal Costa, uma das grandes vozes do Brasil, nesta India maravilhosa dos deliciosos anos 70, que ainda hoje me continua a deliciar.

domingo, 22 de agosto de 2010

UM TOQUE DE LUZ



...Caminhava sozinho, atento ao delicioso silêncio de uma cidade adormecida. Como o céu estava estrelado! Subitamente, na Rua de S. Sebastião, a cerca de duzentos metros de sua casa, saltaram-lhe ao caminho quatro indivíduos. Tinham estado escondidos na profunda escuridão de um pequeno beco. Serôdio logo os reconheceu. Eram o Narciso Conde e o seu grupo. Aí estava a resposta ao que se passara três meses antes. Serôdio estacou o passo. A sensação de perigo iminente penetrou fundo nos seus sentidos, fazendo com que a adrenalina tomasse conta de si. O batimento cardíaco disparou. Serôdio observou atentamente aqueles quatro rostos. Somente Narciso Conde denotava raiva e ódio. Os outros três tentavam apenas mostrar agressividade.
- Vocês aqui a esta hora?- perguntou Serôdio.
- È verdade- respondeu Narciso Conde- eu amanhã vou para França, trabalhar na apanha do tomate. Estou aqui para te agradecer as ricas férias que me arranjas-te.
- Eu?? Mas...
Serôdio não teve tempo de dizer mais nada. Num movimento rápido, aprendido nas aulas de artes marciais, Narciso Conde atingiu-o violentamente no rosto, com um dos pés. De um instante para o outro Serôdio sangrava abundantemente do nariz. À voz de comando de Narciso, os outros três rapazes lançaram-se sobre Serôdio, agredindo-o com murros e pontapés. Recebendo golpes sobre golpes, Serôdio foi fortemente empurrado contra a esquina formada pelo beco onde os atacantes tinham estado escondidos, e a parede de um prédio. Entorpecido pelas dores, naquela esquina bateu violentamente com a cabeça, tendo de imediato perdido os sentidos.
Breves foram os momentos da agressão, mas suficientemente poderosos para deixarem Serôdio inanimado, com profundas lesões.
Narciso Conde e o seu grupo, ao verem Serôdio por terra, sem dar sinal de si, sangrando abundantemente, desataram a fugir.
- Se calhar exagerámos- disse um dos do grupo.
- Se morrer eu envio-lhe uma coroa de « fleures»- disse Narciso Conde cinicamente.
Instintivamente, enquanto agrediam Serôdio, os quatro rapazes, possuídos por ancestrais sentimentos animalescos de caça, berraram e guincharam, pelo que acordaram algumas pessoas que dormiam nas casas vizinhas.
Serôdio estava perplexo. As dores que sentira inexplicavelmente haviam desaparecido. Ainda correu alguns metros em perseguição dos seus agressores, mas eles já iam longe. Como viu que entretanto algumas pessoas chegavam ao local, resolveu voltar para trás.
- Foi o Narciso Conde que me atacou. Por sorte estou bem- dizia ele para as pessoas que se aproximavam.
Alguma coisa não estava bem. As pessoas parecia que o não viam. Duas senhoras, olhando para a entrada do beco, levavam as mãos ao rosto, enquanto pediam desesperadamente que fosse chamada uma ambulância. Serôdio olhou para onde elas olhavam... e ficou estarrecido. Ali, no chão, estava abandonado o seu corpo ensanguentado. O seu forte cabelo russo era agora uma horrível pasta de sangue, sangue esse que lhe cobria todo o rosto, o pescoço e lhe empapara a simples camiseta que vestia. Serôdio começou a apalpar-se... e sentia-se, estava vivo, mas se calhar também estaria ali morto. Foi quando estava possuído por aquela indescritível confusão, que sentiu a aproximação de luz com uma intensidade que nunca vira. A luz era imensamente forte, mas não iluminava a rua, nem as casas, nem as pessoas, nem o seu próprio corpo para ali atirado. Apenas ele era bafejado por aquela intensa e confortável luminosidade. Junto a si, sem que tivesse dado pela sua chegada, encontrava-se uma bela senhora, vestida com compridas vestes brancas.
- Não tenhas receio, está tudo bem- disse a senhora.
- Está?- perguntou Serôdio- mas eu estou ali cheio de sangue...
- Não, tu estás aqui a falar comigo. Ali está apenas o teu corpo, a vestimenta de um tal Serôdio naquela vida.
- Aquele e eu não somos o mesmo?
- Em relação à vida terrena aquele è o Serôdio. Relativamente ao Cosmos, aquele è um corpo a quem deram o nome de Serôdio, corpo esse que tem servido de invólucro a um certo espirito que és tu, que antes de te chamares Serôdio, já tiveste outros nomes.
- Minha senhora, eu estive com amigos junto à ria. Não bebi nada...
- Sossega- disse a senhora exibindo um terno sorriso- daqui a pouco já vais entender muitas coisas- e pegando-lhe na mão guiou-o através da luz...(em continuação, pág. 50, ex. XV)

in FILHOS POBRES DA REVOLTA

MARÇO/2003

terça-feira, 17 de agosto de 2010

UMA METAMORFOSE

...Passaram-se três meses. O ano escolar chegara ao fim, os exames também. Naquele período de tempo, a vida de Narciso Conde não fora das melhores. Vivendo sob uma apertada vigilância do pai, o rapaz foi passando os dias distribuindo o tempo entre a casa e o liceu. Não que tivesse tido qualquer tipo de rebate de consciência! Nada disso. Tinha apenas medo de que a velha tivesse ido bater com a língua nos dentes à policia. Por essa razão sentia-se desconfortável na rua. Quando via um policia, « macaco cinzento» como ele chamava aos homens da Policia de Segurança Pública, evitava cruzar-se com ele. Tinha medo que o guarda ao olhar para ele descobrisse o assalto que ele fizera à casa da tia. Era um disparate, ele sabia disso. Aqueles débeis mentais nem o que estava à vista viam, quanto mais o que só existia na mente das pessoas. Era estúpida aquela sensação, mas era mais forte do que ele.
Evitando despertar as atenções sobre si, optou por na escola tomar uma atitude passiva e despercebida. Ele e o seu grupo. Da noite para o dia Narciso Conde e os seus três amigos tornaram-se simpáticos, cordiais, buscando a amizade e companhia dos outros colegas. Narciso apenas se limitava a seguir as orientações do pai. Mas aquela forma de proceder não se coadunava à sua maneira de ser. Fazia-o apenas como disfarce, pois no seu verdadeiro intimo reinava a intenção de submeter os outros à sua vontade. E se para isso tivesse de dar meia dúzia de socos, tanto melhor. Era pois com imenso sacrifício que vestiu a pele de bonzinho e simpático.
Havia ainda um outro factor que o trazia acabrunhado: o fantasma da campanha dos tomates em França. Esse seria o seu destino para as férias daquele verão. Sabia que o pai já havia tratado de tudo. E agora que os exames tinham chegado ao fim, a hora da partida estava para breve. Lá iam ficar as matas do Algarve desprovidas da sua presença. Lá ficariam também de coração desfeito todas as raparigas que por aquele Algarve ansiavam pelos seus quentes beijos de verão. Enfim, o dinheiro que não gastaria em Portugal iria ganhá-lo em França, no meio dos horríveis tomatais. Era uma tragédia que se abatera sobre a sua vida. Mas essa tragédia teve um construtor e esse era o seu colega Serôdio. Já tinha planeado uma acção de graças em agradecimento às belíssimas férias, que por vontade do Serôdio lhe calharam em sorte. Esse presente estava para muito breve.
Todos os colegas de Narciso Conde estavam estupefactos com a mudança. O antigo rufião mostrava-se agora afável, comunicativo. Com a ano lectivo a terminar, muitas raparigas suspiravam com pena de o Narciso Conde em tempos se ter mostrado um rapaz insuportável. Ele até era um bonitão. Agora que a simpatia lhe banhava o rosto, estava mesmo apetecível.
Muito desconfiado andava Serôdio. Sabia que D. Silvina fora falar com o irmão, o pai de Narciso Conde. Tomara conhecimento de que na altura não fora muito bem recebida. Sabia ainda que posteriormente D. Silvina recebera a pedido de desculpas por parte do irmão. O Narciso Conde confessara o seu delito ao pai. Tinha plena consciência de que o Narciso reconhecia nele toda a culpa pelo insucesso do assalto, e das más relações que daí advieram entre ele e o pai, o engenheiro Carlos Conde. E no entanto o Narciso não tivera uma palavra azeda para com ele, nem uma atitude agressiva, como ele esperara que viesse a acontecer. Isso era muito estranho.
Pensando em tudo isto, numa quente noite de princípios de Julho do ano de 1977, Serôdio encaminhava-se para sua casa, depois de ter estado com alguns amigos numa boa cavaqueira, sentados no muro do canal central da ria, no Cais do Cojo, absorvendo a relativa frescura que emanava da água, naquela noite tão quente. Já que ali estavam, tinham conversado sobre a triste sorte daquela ria, que em tempos fora o fluxo de vida de Aveiro e agora se tornara no seu esgoto.
A conversa fora agradável mas eram horas de procurar o aconchego da cama. Serôdio morava numa casa antiga, situada na Viela da Fonte dos Amores...(em continuação, pág. 48, ex. XIV)

in FILHOS POBRES DA REVOLTA

MARÇO/2003

domingo, 15 de agosto de 2010

QUANDO UMA CARÍCIA É BRIOSA



Foi mais forte do que eu! Eu sabia que a minha Briosa ia hoje jogar à Luz. Pensei que não era a melhor forma de se começar o campeonato. Mal por mal que não perdessem por muitos, pois que isto de a Académica ir ganhar ao estádio do Benfica, que aconteceu em 2007 e 2008, foram dois rebuçados que tão depressa a mancha negra não iria provar.
Pois não é que aqui estou eu a saborear este terceiro rebuçado?! A Académica foi ganhar ao Benfica por 2-1. Afinal esta é a melhor forma de se começar o campeonato!
Grande Jorge Costa!!
Na realidade, para este blogue, não há melhor cor de fundo do que o negro. Não há mesmo! E quando, de vez em quando, surge este emblema...é uma carícia.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

NA HUMILDADE DO MARENOTO



Não tenho rosto, nem voz. Apenas uma alma portuguesa, que nas sombras do escuro anónimato me impeliu ao glorioso passado, contando em terra de sal uma magnífica história de mar,na simplicidade de mim a glória de um povo, esta lusitana paixão que emana da humildade do marenoto.

domingo, 1 de agosto de 2010

UM «BATE-ESTRADAS» IMPREGNADO DE SILÊNCIO

Á memória do Manuel da Conceição Lopes, combatente do ultramar, militar no Ninda.


...Por vezes Álvaro deixava transparecer, involuntariamente, a tristeza e a amargura que lhe ia na alma.
« È de noite. Estou à porta desta cabana que ostenta o nome pomposo de messe de oficiais. Estou agitado, sofro de insónia. Saí da camarata e vim para aqui. Fui buscar uma mesa e um banco e aqui estou na rua, à luz frouxa duma lâmpada carcomida pelos dejectos dos imensos insectos, colocada sobre a porta de entrada por onde passam os nossos galões. E bem venturosa è esta fraca luz. Brevemente não terei mais nenhuma, pois à meia-noite o gerador è desligado. Aqui sentado deixo que a noite me envolva e me acaricie.
Neste momento, nos seis abrigos de vigia que envolvem o Ninda, encontram-se de sentinela homens do pelotão que eu comando. Nunca a noite se me apresentou tão negra como neste minúsculo ponto de África. A escuridão è tão densa que consigo ver daqui a ponta incandescente de um cigarro que uma sentinela está a fumar. Hoje não há luar. O profundo silêncio è algo que aí na Metrópole nós não conhecemos. Nestas alturas estou convicto de que os corações dos que estão acordados latejam de saudade, pois a verdadeira natureza, entrando-nos pelos ouvidos e nariz, purifica a nossa alma, trazendo ao de cima o que de melhor há em nós. E decerto que o que de melhor há em mim è o amor, a paixão que sinto por ti. Como te beijaria, como te envolveria, como te amaria se neste momento estivesses a meu lado. O fogo desta paixão, que não tem como se consumir, torna-se aliado da saudade. Esta por sua vez pressiona-me o coração, o que faz com que as lágrimas corram ligeiras pelo meu rosto, agora que só Deus me vê e Dele eu não tenho vergonha. São essas lágrimas que acalmam aquele fogo. Com certeza que estes momentos de amargura são comuns a todos os que comigo coabitam no Ninda.
A guerra è má, cruel, mas tem uma faceta boa: une os homens num abraço tão apertado, tão profundo, que os amigos da tropa têm para nós um sentido diferente, uma outra versão de amigo. E penso que ficarão para toda a vida. Pelo que tenho ouvido de veteranos, è bem possível que um dia mais tarde eu venha a ter saudades deste lugar de inebriante beleza, mas também de permanente perigo. Acontece que essa inexplicável saudade tem muito nexo. Ter saudades dos maus momentos da tropa è ter saudades de uma juventude que já foi nossa. E è sem dúvida nenhuma uma homenagem à solidariedade, ao sentimento de entre ajuda, à manifestação de uma verdadeira, sã e desinteressada amizade.
Não sofras com esta carta. Já me sinto muito melhor. Tive a sensação de que algo de muito belo se aproximou de mim, me tocou e levantou o meu astral. Envio-te esta carta apenas para que, através dela, possas sentir a ambiência de uma verdadeira noite africana, porque este bate estradas vai impregnado de silêncio, de escuridão e de aroma de África.
Como eu te amo Loirinha».
E memorizando as notícias de Álvaro, envolvida por um amor tão distante, mas tão capaz de fazer o seu coração bater de emoção, Catarina chegou ao café Nicola, surpreendida por já ali se encontrar...(pág. 62- ex. XIII- em continuação)

in VISITADOS

Novembro/1999