segunda-feira, 31 de julho de 2017

EM 1572, O SIM DA CENSURA DA INQUISIÇÃO À FÁBULA DOS DEUSES CHAMADA OS LUSÍADAS


«Por mandado da santa geral inquisição estes dez cantos dos Lusíadas de Luís de Camões,  dos valerosos feitos em armas que os portugueses fizeram em Asia e Europa, não achey nelles cousa alg~ua escandalosa, nem contraria à fé e bõs custumes, somente me pareceo que era necessário advertir os lectores que o autor pera encarecer a dificuldade da navegação e entrada dos portugueses na India, (…) de b~ua ficção dos deoses dos gentios. E ainda que Sancto Angustinho nas suas retractações  se retracte de ter chamado nos livros que compôs de ordine aas musas deosas todavia como isto he poesia e fingimento e o autor como poeta, não pretenda mais que ornar o estilo poético não tivemos por inconveniente (…) esta fabula dos deoses na obra, conhecendoa por tal. E ficando sempre salva a verdade de nossa sancta fé, que todos os deoses dos gentios sam demónios. E por isso me pareceo o livro digno de se imprimir, e o autor mostra nelle muito engenho e muita erudição nas sciencias humanas. Em fe do qual assiney aqui.

Frey Bertholameu Ferreira»

E assim, depois desta autorização oficial da inquisição, Os Lusíadas veio a ser livro, em 1572, para deleite e orgulho do Povo Lusitano, nós!


sábado, 22 de julho de 2017

IRONIA PREOCUPANTE DE ÍSIS

...-         Que pretendes de mim, pequeno sifto?- perguntou Amon-Rá ao ver chegar o sifto.
-         Divino Amon, venho falar-te sobre o sumo sacerdote que o faraó escolheu para o culto a Aton.
-         Sobre o quê?- perguntou Amon-Rá, intrigado- e desde quando faz parte das funções de um sifto preocupar-se com questões desse teor? Por acaso ordenei-te que o fizesses?
-         Não, divino Amon, mas pensei que talvez tivesses curiosidade em saber algo sobre ele.
-         Sabes o nome dele?- perguntou o deus ancião Aton.
-         Efreiménus- respondeu o falso sifto. 
Desde a chegada do sifto que a deusa Ísis se começou a sentir desconfortável. Não sabia explicar, mas algo na água se fazia conduzir que lhe transmitia um mau estar. Tendo consciência de que era a deusa da magia, Ísis fez irradiar magia por todo o espaço de MassiftonRá, no propósito de obter uma resposta que lhe desse a justificação para aquele seu mau estar; e rapidamente a magia se começou a canalizar para o sifto que se encontrava ali. A deusa Ísis concentrou então toda a sua atenção e energia naquele peixe, e lentamente, mas conclusivamente, começou a sentir que, camuflada por debaixo de todas as vibrações que emanavam do sifto, existia uma energia incomodativa, a fonte do seu desconforto. Sem que isso fosse pressentido pelo sifto, a magia de Ísis começou a inspeccionar a energia camuflada, lendo-a como a um livro que, ganhando vontade própria, se recusava a ser lido. E subitamente a deusa Ísis estremeceu. Reconhecera a energia camuflada! E num ímpeto, disse:
-         Sifto, explica-nos como descobriste o nome do sumo sacerdote.
-         Foi fácil. Introduzi-me no palácio do faraó...
-         Mas porque razão o fizeste, sifto?- perguntava Amon-Rá- eu posso compreender que me queiras agradar, mas isso é uma insubordinação. Os siftos têm de se limitar às ordens que eu lhes dou.
-         Não sejas injusto para com os teus siftos, Amon- disse a deusa Ísis.
-         E deixo passar esta indisciplina, sem nada dizer?- perguntava Amon-Rá com semblante de zangado.

-         Ao que tu te referes seria uma indisciplina, se esse peixe fosse um sifto, o que não é o caso- disse a deusa Ísis com ironia...(em continuação, pág. 68, ex. XXIX)

in A Causa de MassiftonRá

Novembro/2005

domingo, 9 de julho de 2017

XIX JANELA SOBRE O MEU PAÍS- AVEIRO, JERÓNIMO PEREIRA CAMPOS- FÁBRICA E TURISMO

Aveiro, Fábrica de Cerâmica Jerónimo Pereira Campos, em finais do séc. XIX, um pólo industrial, onde apenas havia lugar ao esforço do braço forte do povo.
Cem anos depois, Fábrica de Cerâmica Jerónimo Pereira Campos, pólo da indústria mental, onde a intelectualidade debate as suas idéias, um dos mais atractivos pólos turísticos de Aveiro, ali, no Cais da Fonte Nova.

Bem Vindos a Aveiro!

segunda-feira, 3 de julho de 2017

CAPAS NEGRAS ROÇANDO A IDADE ANTIGA DAS PEDRAS DA SÉ VELHA, NA TRADIÇÃO COIMBRÃ

As pedras centenárias e gastas da calçada da Sé Velha mais uma vez serão pisadas pela tradição coimbrã. Capas negras, novas e velhas, roçando a idade antiga das pedras, envolverão de emoção os corações que cobrem, corações de estudantes, que ao som do trinado das guitarras tornarão eterno o fado Hilário.