Numa manhã
de verão o Cais chamou por mim. Já lá não ía há muito tempo. Antigamente, a
esta hora, a azáfama das traineiras a descarregarem o peixe era enorme, mas
depois a Nazaré absorveu esse trabalho, pelo que agora apenas o Alaska descansa.
Este maravilhoso
cais, que alguns dirão que é igual a tantos outros, tem para mim um significado
muito especial, pois travei amizade com ele na força da juventude, o que me
deixou sempre um toque de magia. As pessoas continuam a passear por ele,
absorvendo toda a quietude e beleza. Do lado contrário da baía, a cerca de três
quilómetros, encontram-se as dunas de Salir do Porto e a foz da pequena ribeira
de Alfeizerão. No meio, todo o areal da Praia de S. Martinho do Porto.
Beijadas
pelo mar, que logo á entrada da baía acalma a sua impetuosidade, são visíveis
as ruínas da velha Âlfandega, a despontarem do negrume da rocha.
Com
condições únicas em Portugal, S. Martinho do Porto é um paraíso na terra. E o
seu cais merecedor de ser cenário de um conto de fadas!
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