domingo, 19 de janeiro de 2020

NOTAS AMADORAS DE UMA HISTÓRIA QUE TAMBÉM É MINHA- 1195- SANTO ANTÓNIO DE LISBOA


Reinava D. Sancho I havia dez anos quando, num ambiente continuamente escaldante de recuperação de território perdido, por parte dos cristãos portucalenses, que em 1195 nasceu em Lisboa um menino a quem deram o nome de Fernando de Bulhões, que se veio a revelar um dos santos mais populares da igreja católica: Santo António.

            Filho de mercadores, cedo se começou a revelar como um jovem extremamente inteligente e aberto ao conhecimento. Tendo por vocação o amor ao culto a Cristo, entrou no Convento de S. Vicente de Fora em Lisboa, tendo, posteriormente, por força da sua premente necessidade em aprofundar os seus conhecimentos teológicos, dado entrada no Convento de Santa Cruz de Coimbra, conhecimentos esses que lhe iriam granjear enorme fama.

            Chegado o ano de 1220, com vinte e cinco anos de idade, Fernando de Bulhões tornou-se franciscano, tendo de seguida ido para a cidade italiana de Pádua. Revelando todo o seu potencial intelectual, veio a ser nomeado mestre em teologia por Bolonha.

            Fernando de Bulhões faleceu a 13 de Junho de 1231, com apenas 35 anos de idade, que bastaram para ganhar o direito à canonização, que aconteceu no ano seguinte, a 30 de Maio de 1232, através do Papa Gregório IX, passando então a ser conhecido como Santo António de Lisboa e de Pádua.

            Santo António é padroeiro de Lisboa, dos pobres, mulheres grávidas e casais, razão pela qual a Câmara Municipal de Lisboa resolveu, em homenagem a Santo António, criar o evento «noivas de Santo António», cuja primeira edição teve lugar em 1958, em que no dia anterior ao do aniversário da morte do santo, 13 de Junho, e feriado municipal em Lisboa, se realizam vários casamentos patrocinados pela edilidade lisboeta, em honra ao seu santo padroeiro, tradição que se mantém até hoje.

            O túmulo de Santo António encontra-se na cidade de Pádua- Itália.

            É Santo António de Lisboa quem, todos os anos, abre as festividades dos Santos Populares no mês de Junho, uma festividade tão cheia do que é português: caldo verde, broa, sardinha assada e cheiro a manjerico.

            Santo António, um grande santo que a reconquista cristã portuguesa ofereceu à cristandade actual, passados que são oito séculos.

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