sábado, 16 de maio de 2020

RECORDANDO OS MÁRTIRES DA LIBERDADE DE AVEIRO





Comemora-se hoje em Aveiro o 192º aniversário sobre o dia 16 de Maio de 1828, dia em que o povo aveirense veio para as ruas gritar «vivas» a D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil) e à sua filha Infanta D. Maria, e «morras» a D. Miguel. Ficou conhecida como a revolta dos cabeças cortadas, que teve por cabecilha o ex-membro da Câmara de Deputados Joaquim José de Queirós, dissolvida por D. Miguel, em Março de 1828. Foi este movimento, apoiado pelo Batalhão de Caçadores Dez de Aveiro, o primeiro grito de revolta, em Portugal, contra o regime absolutista de D. Miguel e da mãe, a rainha Carlota Joaquina, que Portugal haveria de ver debelado apenas seis anos depois, em 1834, após a guerra civil que ensanguentou Portugal entre 1832 e 1834. Sete dos cabecilhas da revolta (nos quais não se encontrava Joaquim José de Queirós), foram presos e enforcados em 1829, na Praça Nova no Porto. As suas cabeças foram decepadas e enviadas para Aveiro, onde estiveram em exposição pelas ruas da então já cidade. Encontram-se sepultadas sob um monumento aos mártires da Liberdade, no cemitério central.

Joaquim José de Queirós, mais tarde Conselheiro Queirós, veio a ser avô paterno do nosso grande Eça de Queirós.

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