Hoje em dia temos imensas preocupações que, se não tivermos
cautela, consomem-nos toda a vitalidade. E são preocupações bastante
substanciais: não é brincadeira nenhuma o presidente da maior potência do mundo
demarcar-se do acordo de Paris, onde o mundo se comprometeu a iniciar o
processo de respeito pelo ambiente, para que os nossos netos tenham a
possibilidade de virem a ter um planeta saudável onde a vida, tal como a
conhecemos, seja uma certeza.
Não é brincadeira nenhuma sabermos que a multiplicidade de
atentados terroristas, ocorridos este ano na Europa, tiveram origem em
indivíduos de origem muçulmana, que se encontravam completamente inseridos, e
há muitos anos, nas comunidades que atacaram. Mas vamos ter esperança de que,
tanto para um caso como para outro, os cientistas e os políticos consigam
arranjar soluções que ultrapassem a estupidez humana.
Mas para fugir a todas estas preocupações vou falar de algo,
uma informação que se cruzou no meu caminho há pouco, e que eu achei deveras
interessante. No passado dia 20 de Maio completaram-se 740 anos sobre a morte
de um português chamado Pedro Julião ou Pedro Hispano. Em vida assumiu os dois
nomes. Tanto um como outro são nomes dados a alguns hospitais portugueses. Quem
foi este homem?
Nasceu em Lisboa em 1215. Formou-se em medicina pela Universidade
de Paris, tendo tido uma riquíssima actividade académica e abraçou a vida
eclesiástica. A 20 de Setembro de 1276 foi eleito Papa, tendo assumido o nome
Pontifício de João XXI. O seu Pontificado foi dos mais curtos da história do
Vaticano. Oito meses depois, a 20 de Maio de 1277, quando se encontrava na sua
casa de campo papal, na cidade de Viterbo, o palácio papal estava em obras,
pelo que o tecto da divisão em que se encontrava desabou, tendo-o matado
instantaneamente. Tinha então 62 anos de idade.
Pedro Hispano, o único papa português até ao presente, já lá
vão sete séculos!
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