domingo, 15 de novembro de 2015

PARIS, 13 DE NOVEMBRO DE 2015

Perante os acontecimentos da última Sexta-Feira, em Paris, sou forçado a relegar para segundo plano a critica situação política do nosso país. É que quando são postos em causa os nossos valores ocidentais de liberdade e democracia, e principalmente do valor da vida humana, todas as sirenes tocam a reunir e ordenam que corramos num só sentido: a união da qual emane a força.
A França, uma super potência europeia, neste ano de 2015, mesmo com todo o seu desenvolvimento económico e social, foi, no entanto, incapaz de evitar que, já por duas vezes, as ruas da sua capital tivessem sido dilaceradas e ensanguentadas pelo cobarde terrorismo, independentemente, de, segundo notícias, ter conseguido neutralizar neste ano muitas tentativas de outros tantos atentados.
Disse um comentador que a nossa civilização recuou mil anos. Isso fez-me lembrar que foi a França o berço da Ordem dos Templários, cavaleiros monges que tinham por principal função a defesa dos peregrinos na Terra Santa.
A minha sentida homenagem a todos aqueles que, inofensivamente, na noite de 13 de Novembro de 2015, em Paris, ao assistirem a um concerto ou a relaxarem num café, foram fatalmente alvo de um ódio doentiamente religioso e terrivelmente bárbaro e assassino, há muitos séculos adormecido e que neste séc. XXI definitivamente acordou.

Aos mortos de Paris paz às suas almas e muita força às famílias enlutadas.

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