Depois da Conferência de Zamora, em 1143, em que se realizou
o Tratado de paz entre D. Afonso Henriques e D. Afonso VII de Leão, no espaço
de dezasseis anos sucederam-se acontecimentos de grande importância para
Portugal, tanto a nível do fortalecimento da nossa independência, como na acção
da Reconquista Cristã do território da Península Ibérica aos Mouros.
Assim, em 1147 D. Afonso Henriques conquistou Santarém aos
Sarracenos, bem como Lisboa, no que foi auxiliado por Cruzados.
Em 1151, houve a tentativa por parte de D. Afonso Henriques,
de fazer uma aliança com o governador de Silves, o almóada Ibn Qasi, contra o
senhor do Gharb Al-Andaluz, Abd Al-Mumin. Esta aliança saiu frustrada porque o
governador de Silves foi entretanto assassinado.
Em 1158 D. Afonso Henriques conquistou Álcacer do Sal, após
dois meses de cerco, de novo com ajuda de Cruzados.
Ainda em 1158, pacto secreto entre os reis D. Fernando II de
Leão e D. Sancho III de Castela, celebrado depois da morte de D. Afonso VII. O
pacto previa, além da divisão do território conquistado aos mouros, também da
distribuição do reino de Portugal, caso viessem a conquistá-lo, como estava
previsto. No entanto, por morte súbita de Sancho III, esse pacto ficou
irremediavelmente comprometido, pelo que leoneses e castelhanos não puderam
levar ávante os seus intentos.
No ano seguinte, em 1159, D. Afonso Henriques fez doação do
castelo de Ceras à Ordem dos Templários, incluindo Tomar.
Cada vez mais a independência de Portugal ganhava consistência.
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