sexta-feira, 5 de março de 2010

A DÍVIDA

Há dias, fazendo uma viagem, levava a Rádio Renascença sintonizada no carro. Por casualidade dei com uma entrevista que se estava a iniciar, que tinha por tema a situação económica do país, tendo por convidados quatro economistas, que suponho tenham algum protagonismo no panorama económico português, pois caso o não tivessem não estariam ali. E de palavra em palavra, tentando explicar porque razão somos quem somos, porque motivo seremos dos mais pobres da Europa (suponho que saibam então a razão para a nossa pobreza...é que eu pensava que não sabiam!), a dado passo um dos entrevistados disse que, no dia 31 de Dezembro de 2001, Portugal saldou uma dívida que contraiu em 1902, em pleno reinado do rei D. Carlos. Andámos 99 anos a pagar essa dívida. Eu fiquei banzado!
Eu,como um cidadão comum, do mais banal que se possa encontrar,reflecti um pouco sobre o que acabara de ouvir. Não admira que, tendo o país dívidas de um século, a coisa custe a andar para a frente. Ainda gastamos dinheiro com compromissos monárquicos.
Saberiam os revoltosos republicanos de 1910 da existência desta dívida?

4 comentários:

Teresa Fidalgo disse...

Poeta do Penedo,
E se ao menos começassemos a produzir qualquer coisita para variar... poderiamos dar a volat ao texto.
Agora essa, de andarmos a pagar uma dívida ainda de 1902... francamente desconhecia completamente...

Saudações

Unknown disse...

Olá Poeta
desculpa escrever aqui mas não tenho sitio mais próprio:
o livro que me aconselhaste (O Limite do Terror, de Dean Koontz) não existe na base de dados da Fnac. Também não encontro edição portuguesa na net. Que edição leste? É portuguesa?

Poeta do Penedo disse...

Cara Teresa Fidalgo
com dívidas assim, é realmente difícil levantar-se cabeça.
Dizem os entendidos que os portugueses são excelentes geradores de óptima produção. Na verdade, se assim é, não se entende. Já trabalhei numa multi-nacional e a produção era cobiçada pelo estrangeiro, neste caso, rolamentos. Então, em que é que falhamos?
Briosas saudações.

Poeta do Penedo disse...

Caro Manuel Cardoso
o exemplar que possuo é de uma edição do Circulo de Leitores.
Um abraço.