sexta-feira, 23 de abril de 2010

NÓS, O POVO DO 25 DE ABRIL



MUITOS DE NÓS, QUE ALGURES NOS ENCONTRAMOS NO MEIO DA MULTIDÃO, QUE GRITA ATÉ À EXAUSTÃO POR IGUALDADE E FRATERNIDADE, FIZÉMO-LO NA ESPERANÇA DE QUE O NOSSO GRITO, FOSSE, DEFINITIVAMENTE, OUVIDO. FIZÉMO-LO ANSIANDO ESPERANÇOSAMENTE PELA CHEGADA DA DEMOCRACIA. 36 ANOS DEPOIS, NÓS, OS QUE NOS ENCONTRÁVAMOS NA MULTIDÃO, NO DIA 25 DE ABRIL DE 1974, SABEMOS HOJE, E SABÊMO-LO BEM, QUE A DEMOCRACIA É MUITO MAIS DO QUE LIBERDADE DE EXPRESSÃO. SE O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO, ONDE FALHÁMOS, POVO?
MAS, ABRIL SEMPRE!

5 comentários:

Gibson Azevedo disse...

Meu caro poeta, penso que, assim como aconteceu a Portugal, também nos aconteceu: ao devolver-nos a liberdade, que nos foi usurpada com estupidez e truculência a troco de idéias chinfrim e alienígenas, nos foi restituído este mais sagrado bem humano, só que, algemada pelos vícios das solertes escolhas eleitorais, engendrados e, a nós impingidas em tempos pretéritos, pelos Feudos antigos da arcáica política dos nossos Países. Nada mais retrógrado! Aí está o motivo do pouco avanço social e político, ora perceptíveis, passadas três décadas.
Um forte abraço deste seu amigo.

Sândrio cândido. disse...

meu caro poeta,enquanto houver injustiças no muito(que demorar-se há por muitos anos ao que parece) irá tambem haver gerações de novos 25 a guardar a rosa do povo. assim espero.
tambem nós brasileiros tivemos o nosso momento de luta e garantimos que a liberdade é um bem que ninguem pode nos negar, somente o destino.

saudações.

Teresa Fidalgo disse...

Poeta do Penedo,

Não tenha dúvidas que o povo unido jamais será vencido! Eu não tenho.
Creio que as freridas do fascismo não se curam em poucos anos (somos ainda uma jovem democracia), e que a capacidade de agirmos por nós próprios se vai adquirindo.
Penso que estamos hoje em condições de LIVREMENTE mudar o país, de bater com a mão na mesa e dizer que BASTA!

A capacidade dos portugueses esteve, durante anos, tolhida, pelo que não pederiamos ter resultados imediatos.

Já não somos um povo sem informação. Fomos, ao longo destes 36 anos, crescendo e amadurecendo.
Creio que hoje, face à crise com que nos confrontamos, estamos capazes de decidir o nosso futuro. Tenho esperança.

Em 25 de Abril de 1974, foram criadas as condições para sermos verdadeiramente livres. Hoje, estamos mais maduros e conscientes porque fomos capazes de ir fazendo a mais dificil revolução: a das mentalidades.
Acredito profundamente que, pese embora todas as pedras do nosso caminho, somos capazes e conseguiremos mudar!

25 de Abril Sempre!

Saudações

(Nota: desta vez fui escrever o meu texto ao vizinho Dedo Político. Se quiser, vá la espreitar...)

Poeta do Penedo disse...

Meus amigos Gibson Azevedo e Poeta do Inverno
muitas vezes penso que as histórias actuais dos nossos países têm muito de similar. O Brasil tem tudo para ser uma grande potência, pois tem um território imenso recursos naturais em abundância. Portugal não tem nada disso, mas é membro da União Europeia, o que à partida deveria ter funcionado no sentido de trazer uma maior estabilidade económica. Nada disso acontece. Mas a riqueza existe, os fundos também têm existido. Onde foram aplicados? Que gestão tem sido esta? Quantas mais revoluções serão necessárias, para que o povo consiga atingir a felicidade sempre prometida?
Neste dia de Abril, com tanto mar pelo meio, um forte abraço para vocês, com aroma a cravo vermelho.

Poeta do Penedo disse...

Cara Teresa Fidalgo
No Domingo, a meio da tarde, parei subitamente e tive consciência de que estava a viver mais um 25 de Abril. Até esse momento não tinha sequer pensado nisso. Fiquei surpreendido comigo mesmo, uma surpresa desagradável. Como foi possível, até àquela hora, não ter disponibilizado um minuto de mim mesmo para a memória, as recordações desse dia tão marcante para toda uma vida, desse dia glorioso, desse abrir de portas à generosa liberdade? Isso só foi possível acontecer, por acção de um sentimento de desilusão que a pouco e pouco se apodera de mim.
Gostei, gostei muito do que escreveu no seu comentário. Mas, perante o que a percepção me transmite, e porque o que escreveu já eu pensei, chego à conclusão que pensamentos desses saem-nos da alma com a esperança de que neles se encerre a verdade, porque a realidade que percepcionamos é bem diferente.
Na minha perspectiva a imaturidade política não explica tudo, e a existir, deverá apenas manifestar-se no povo, que nenhuma responsabilidade tem na governação. Os políticos não se podem dar ao desleixo de serem imaturos, mas caso o tenham sido, é pena que essa imaturidade não lhes tenha dado para criarem uma sociedade mais justa, pois que democracia é também oportunidades para todos, sociedade justa e segura para todos, sociedade com as mesmas oportunidades de trabalho para todos, com os mesmos direitos à saúde.
É nisto que povo vai sendo vencido!
Briosas saudações.