sexta-feira, 26 de outubro de 2018

PARA OS QUE ESCREVEM UM PORTUGUÊS À CALHOADA


Parece-me que qualquer pessoa minimamente sensata, concordará com a afirmação de que o tesouro maior de um povo é a sua língua. É através dela que, escrevendo ou falando, nos comunicamos naturalmente, e sem qualquer tipo de dificuldade na compreensão, com todos aqueles que têm por mãe pátria o chão que também é o nosso.
            Sendo a língua a característica mais importante que identifica cada povo, e a nossa, especificamente, uma língua bem difícil de ser aprendida, pensava que tal como eu, todos os portugueses a estimavam e até, porque não dizê-lo, a mimavam, empenhando-se por, orgulhosamente, a falar e escrever correctamente.
            Infelizmente não é isso que venho constatando. Os atropelos à nossa língua, a falta de interesse em que a expressão escrita seja correcta, é constante.
            E o mais grave é as entidades comerciais serem as primeiras a dar o exemplo, incentivando assim a que os jovens escrevam português à «calhoada».
Recebi esta mensagem:
 «Outono e sinonimo de prevencao! Troque os pneus e faca a revisao da sua viatura, pague com o cartao…».
Estes senhores decerto que além de pneus também vendem facas!
O (~) til, que é um sinal tão bonito e que origina um som que só nós portugueses sabemos pronunciar, é simplesmente suprimido…porque dá muito trabalho. Quanto aos acentos agudos…vai lá que já te apanho.
            Já não bastava o maldito e anti-patriótico acordo ortográfico vir denegrir a língua de Camões, também nos defrontamos agora com a preguiça no escrever.
Sejamos portugueses em toda a acepção da palavra se fazem favor!

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