segunda-feira, 29 de outubro de 2018

POR RESPEITO AO MFA


Regresso ao infeliz tema do assalto aos paióis de Tancos. E faço-o porque me aflige que, de uma forma tão branda, aceitemos o descrédito das Forças Armadas a quem devemos o facto de podermos, neste momento, estarmos a falar de forma tão livre e directa sobre esta questão. Eu vivi intensamente o dia 25 de Abril de 1974 na minha querida cidade de Coimbra. E nesse dia, para mim, as Forças Armadas (que três anos depois integrei), ganharam um valor e um respeito imensos, sentimentos que guardei e guardarei até ao final dos meus dias. Embora não tenha sido nada fácil, orgulho-me de ter servido as Forças Armadas durante dezasseis meses, nessa sumptuosa unidade que é a Escola Prática de Infantaria em Mafra. Por isso me aflige que, muito acima da encenação da recuperação do material roubado em Tancos, não se fale, não se explique, como foi possível esse assalto. Porque aí é que reside a vergonha. Aí é que está o ónus da questão. E não vejo ninguém preocupado em esclarecer como esse facto aconteceu.
Não me adianto mais. Como cidadão e ex-militar apenas exijo essa explicação. A memória do MFA também!

Sem comentários: