domingo, 30 de novembro de 2008

JANELA DA VIDA


Olhando pela janela da vida
contemplo o horizonte das minhas interrogações
perguntando-te, tu, dono dos meus pensamentos,
das minhas emoções
porque razão sou quem sou
pessoa desprezada
mas também querida.
Pelo mundo caminho em forma de visão
vejo-me, sinto-me, mas não passo de uma existência fugaz
que se distribui numa vivência em turbilhão.
No teu mar, o meu horizonte, navega o bote da alma
carrega o meu bem, o meu mal,
a minha alegria, a minha tristeza
e um enorme fardo de saudade,
saudade do que nunca fui,
amor que se espera em tarde calma.
Cansado de tanta vastidão, fecho a janela.
E quando menos esperava, já sem esperança,
apareces tu, maravilha tão bela.
Sou sorrisos e realização de sonhos.
sou coração liberto emuita força no viver.
Do que lá vi fora
depressa me quero esquecer,
porque tu já fazes parte de mim.
Por aquela mesma janela entrás-te tu,
pelo lado que eu pensava estar mais fechado à esperança.
Como me encontrás-te não sei,
mas com este momento sonhava
quando por aquela janela olhava.
Finalmente me encontro, me preencho, me seduzo.
Sou feliz.
Não mais terei saudades do que nunca fui
porque vou fazer o que nunca fiz.
Só porque te conheci, musa.

Novembro/1997

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