segunda-feira, 27 de julho de 2009

A MINHA FIGURA HISTÓRICA



Desde muito novo que acalento um carinho muito especial pela figura de D. Nuno Álvares Pereira. Desde que o conheci, que se me afigurou como um grande herói, que saindo de um conto de fadas veio para Aljubarrota auxiliar os poucos portugueses contra os imensos castelhanos.
Na realidade, ainda hoje, quando penso nessa imensa figura da nossa história, que viveu no alvorecer da época dos Descobrimentos, como tal, nunca conheceu o seu país como uma grande potência mundial, tendo a associá-la aos cavaleiros da Távola Redonda, sabendo, logicamente, que o rei Artur nunca existiu, ao contrário de D. Nuno Álvares Pereira, que foi um verdadeiro esteio para a manutenção da independência, nem nunca as lendas de Merlin alguma vez se embrenharam em bosques lusitanos. Mas esta tendência ilustra bem o fascínio que a figura do Condestável exerce sobre o meu imaginário.
D. Nuno Álvares Pereira, além de ter estado na base da vitória de Portugal sobre Castela, no dia 14 de Agosto de 1385, nos campos de Aljubarrota, tem muitas responsabilidades na edificação da Casa de Bragança. Como tal será ele o responsável pelo nome dinástico que a partir do séc. XIV está na génese da monarquia portuguesa a partir do início da segunda dinastia.
Fui encontrá-lo, para meu regozijo, como o padroeiro da unidade militar em que prestei o meu serviço militar- a Escola Prática de Infantaria de Mafra. É o dia 14 de Agosto o dia da unidade, recordando-se assim, todos os anos, a Batalha de Aljubarrota.
Foi com surpresa que soube que D. Nuno Álvares Pereira havia sido beatificado pelo Vaticano, em 1915, no pontificado do Papa Bento XV. Acho que muito poucos portugueses o saberiam. Curiosamente, foi o Papa Bento XVI que o canonizou, recentemente, em 26 de Abril.
Não é que eu dê grande relevância a qualquer canonização, mas percebi agora porque razão ao meu herói chamavam O Santo Condestável.

Sem comentários: