sexta-feira, 10 de julho de 2009

APOLO 11- ESSA QUARENTONA

O tema da ida do homem à lua não é novo neste blogue. Mas porque se comemoram os 40 anos sobre o momento em que Neil Armstrong pisou o «mar da tranquilidade», achei por bem retomar o tema. E não só pela comemoração que este ano tem lugar.
Nas minhas incursões pela net deparei-me, já por várias vezes, atónito, com gente a afirmar que o homem na lua foi tudo uma montagem. Para mim não é nova essa afirmação. Ouvi-a, há quatro décadas, da boca de pessoas que não tinham a obrigação de acreditar nas imagens que passaram na televisão, porque a sua formação intelectual não lhes permitia ter consciência do poder da mente humana. Em 1969 os índices de analfabetismo em Portugal eram elevados, e muitos dos que não eram analfabetos, pouco mais sabiam do que escrever o nome, o que quer dizer que informação ouvida e lida eram para si letra morta.
Mas hoje as coisas alteraram-se. O analfabetismo foi praticamente erradicado, mas surgiu o «iliteracismo» que é bem mais reprovável, porque pessoas supostamente cultas saem-se com cada «paposteada» que é de cortar o coração.
Não me peçam para apresentar provas, que as não tenho. Mas decerto a NASA estará disponível a fornecer informação credível sobre a questão. O que posso dizer é que, com treze anos de idade, fiquei colado à televisão, noite dentro, ouvindo os comentários do jornalista da RTP José Mensurado (hoje já velhote). Mas tal foi a maravilha daquela noite, que nunca mais esqueci o nome do jornalista que me foi explicando as imagens que eu ia vendo.
Eu assiti em directo. Terei eu assistido a um filme de ficção, com o José Mensurado a fazer de mim estúpido?
Mas que tecnologia Hollywood tinha já naquela época!! Mas também foi somente para aquele filme, a que deram o nome de Apolo 11, porque a restante produção cinematográfica, em termos tecnológicos e de logistica, ficou muito áquem.
Talvez seja a inveja de alguns que os faça dizer barbaridades destas. Inveja por o tempo em que o homem foi à lua não ser o seu tempo. Porque o passo que a humanidade deu com a invenção da internet foi um passo grande, mas não da dimensão daquele que Neil Armstrong andou ao pisar o solo lunar, porque a net é uma via sem limites, exceptuando um: limita-se ao planeta Terra.
Mas algo se prepara, a médio prazo, para se repetir a proeza. Terei então curiosidade em ler o que os cépticos (mais invejosos do que cépticos) irão escrever.
Parabéns Apolo 11, deste rapazito de há 40 anos, que numa noite quente de Julho de 1969, encarrapitado num grão de areia, neste pedacito de chão a um canto da velha Europa prantado, se emocionou ao ver-te amarar no Mar da Tranquilidade, e de ti ver sair o primeiro homem que pisou um outro planeta que não a Terra, tornando-se este rapazito para sempre cúmplice desse momento ímpar na história da humanidade.

5 comentários:

gibson azevedo disse...

É pena não concordarmos quanto a importância da visita humana a um pequeno satélite - pedra ínfima deprendida das grandezas cósmicas e que por acaso nos orbita -, acontecido no final da década de sessenta. Tirando o avanço científico que através desta aventura chegou à prática dos dias atuais, nada mais vejo de palpável nas viagens estelares... Falta-nos entre tantas coisas, dominarmos o tempo; visto que, sem este artifício, será impossível um Ser de vida tão curta, como o humano, lançar-se em vôos maiores, de longa duração. Alem do que, a ínfima desenvoltura tecnológica que ora possuimos, ainda não nos permite dar esse temerário salto no escuro.
Sinto-me todavia pequeno e agradecido aos seus ancestrais, que há quinhentos e tantos anos, na pressão da disputa com os seus vizinhos Espanhóis, aventuraram-se por mares nunca dantes navegados e fizeram a história que hoje somos.
Sinto-me, repito, muito pequeno e pasmo, ao refletir o quão epopéico foi aquele feito. (Os Gregos não fizeram um grande alvoroço literário, enaltecendo seus pequenos passeios bélicos no Mediterrâneo? Não é justo que os enormes feitos de sondagem e descobrimento portuguêses, sejam encarados como sendo aventuras de somenos importância.)
Perdoem-me, os que admiram-na; mas acho a Apolo 11: uma curiosidade..., um lixo dos tempos modernos!...
Abraços fraternos de Gibson Azevedo

Paula disse...

Olá, estou passando para dizer que tem o prémio Master Blog para si no ...viajar pela leitura...
Abraços

Poeta do Penedo disse...

Caro Gibson Azevedo, na realidade, e no que concerne à Apolo 11 estamos mesmo em desacordo (o que é saudável). O homem, por natureza, tende a evoluir. De momento, ir à lua, não traz qualquer benefício à humanidade. Mas não se sabe se ainda um dia a nossa espécie não terá necessidade de a ocupar. E isto já foi mais ficção do que possa parecer. E no dia em que tal for necessário, se vier a ser necessário, já o homem estará preparado para poder viver num planeta para o qual não foi concebido. É uma teoria.
Em relação à segunda parte do seu comentário, para quem é português e faz da portugalidade o seu dia a dia, é quase tão fantástico este pequeno país ter sido capaz de escrever na sua história a epopeia dos Descobrimentos, como o homem ter ido à lua.
Se há cinco séculos do Pinhal de Leiria saiu a madeira para fazer uma imensa frota de caravelas e naus, hoje em dia compramos uns submarinozitos em segunda mão, às prestações.
Nobreza, carácter e valentia continua a existir, muito embora a nossa sociedade esteja a precisar de uma reciclagem.

Com amizade

Poeta do Penedo disse...

Paula
fico agradecido por esse prémio, mas para ter a noção exacta do seu valor e perceber porque razão o recebo, poder-me-á explicar o que ele significa?
E tendo-o eu ganho, poderá o mesmo ser exibido no meu blogue?

Obrigado.

Mari Amorim disse...

Olá td bem?!
Vim através da Tertulia Virtual e adorei o que encontrei aqui.Parabéns!
gosto de participar dessas iniciativas,pela oportunidade de compartilharmos de novas ideias e amizade,
Boas energias
Mari