sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A NOITE DO OVNI



Porque li numa noticia online que Barack Obama, para o final do ano, irá revelar alguns segredos relacionados com o fenómeno ovni (UFO em inglês), lembrei-me daquela noite.

Alfeizerão, 10 de Agosto de 1977, dez e meia da noite.
Suponho que seria um Sábado. Lá em casa decorria um jantar que os meus pais ofereceram a amigos. Para um jovem de 21 anos, estava a tornar-se uma verdadeira seca. Decidi vir à rua fumar um cigarro. Decidi, ou alguém, ou alguma coisa, decidiu por mim. Foi uma dúvida que sempre permaneceu e se mantém.
Iniciava a descer as escadas exteriores quando senti necessidade de olhar para o céu. Na noite escaldante, o céu encontrava-se divinamente estrelado. Imediatamente me apercebi de umas luzes em movimento, que a principio tendiam confundir-se com as estrelas. Mas os meus olhos não mais se despegaram daquele movimento de luzes. Gradualmente as luzes foram-se desprendendo da teia estrelar, ganhando intensidade, aumentando de tamanho. O que quer que fosse ia-se aproximando de mim.
Eu estava imóvel, com um pé num degrau e o outro pé no degrau mais abaixo, agarrando firmemente o corrimão, com a cabeça completamente inclinada para cima. As luzes foram-se aproximando, até que construíram uma forma- uma forma oval.
Decididamente o que se aproximava de mim, lá em cima, era um aparelho. Aproximou-se...aproximou-se, até que parou. Ficou completamente imóvel, tanto quanto eu. Deduzo que não estaria a mais de cem metros de altura. A forma oval era composta por dez focos luminosos, luzes intermitentes, que iam do vermelho ao verde, passando pelo azul. Subitamente, do meio dessas luzes acendeu-se um foco de luz amarela, muito maior, que projectava um raio de luz espessa. Não o sei definir de outra forma. O aparelho emitia aquele raio de luz que descia alguns metros para baixo e era literalmente sugado pela fonte, repetindo-se de novo a projecção daquela luz estranha, e uma outra vez, e mais uma.
O aparelho estava no maior silêncio. Tive então consciência de que estava na presença de um ovni. Senti, ou fizeram-me sentir, que eu também estava a ser observado. Meu Deus, eu tinha que compartilhar aquele momento maravilhoso com outras pessoas. E em minha casa estavam algumas. Abri a boca para gritar, chamá-los...não tinha voz! Tentei de novo. Articulava palavras sem som. E o raio de luz amarela continuava a ser projectado e a ser recolhido. Não sei, mas este meu encontro imediato terá durado cerca de um minuto. Depois, a luz amarela deixou de ser emitida, o aparelho pôs-se em movimento, lentamente, e com uma velocidade louca fundiu-se de novo nas estrelas, para lá dos montes do Casal Pardo.
E eu já falava. Bem me adiantava!! Já nada havia para mostrar.
É claro que contei a minha experiência. É claro que só vi sorrisos de quem, no seu cepticismo, sorria apenas para ser simpático e evitar de me chamar maluco,sorrisos esses que devem existir, neste momento, nos rostos de muitos dos que estão a ler estas palavras.
Mas este momento extraordinário vivi-o na minha juventude, e guardei-o ciosamente, responsavelmente, para que nenhum pormenor dele se perdesse no tempo. Já lá vão 32 anos e relatei-o como se o tivesse vivido há minutos.
Nesse mês de Agosto de 1977, pelo mundo fora, foram muitos os relatos de experiências com naves extraterrestres.
Ao ver o filme Encontros Imediatos do 3º Grau, senti que ali existia muito mais realidade do que a grande maioria poderia ou poderá pensar, porque eu vivi algumas cenas do filme.
Há 32 anos que procuro no céu uma outra visita.

2 comentários:

Lilian de Paula disse...

Visite em meu canal no YouTube
https://youtu.be/jK-5KX7qyeA
Creio que vais gostar desse vídeo, caso aceite meu convite, deixe-me um comentário por lá

Poeta do Penedo disse...

Boa tarde
fui ao endereço indicado mas, infelizmente, não encontrei qualquer vídeo seu. Fiquei curioso. Passados que são 43 anos ainda há dias estive nas escadas onde vivi esta experiência. A força do passado foi grande. Obrigado pela sua visita e comentário.