domingo, 24 de janeiro de 2010

SOLIDÃO SALGADA


Nesta solidão salgada
Que me purifica a alma
Busco o equilíbrio do meu ser
Que me transmita calma.

Este mar que me abençoa
Tão velho, mas sempre igual
É um pregão que apregoa
A alma do meu Portugal.

Deste Portugal sem idade
Tendo o mar por companheiro
Nasceu a palavra saudade
Tesouro de um povo altaneiro.

Dos negros penedos onde me sento
Olho a imensidão da história
Ouço segredos do vento
Orgulhos da nossa memória.

O ser lusitano me preenche
Numa vela ao vento enfunada
Em mim, um marinheiro que
O meu coração sente
Nesta solidão salgada

06/01/2010

Ao JSimão, que me corre nas veias, o meu obrigado por este momento de sal.

3 comentários:

Gibson Azevedo disse...

Inspiração de coisas e dias idos, que nos preencheu com aquele "novo" e só por nós sentido, verbete, enchem meus olhos de alegria lacrimosa e dá-me uma satisfação imensa, por também falar o português - idioma no qual convivem semtimentos aos montes, sem o mêdo menor de ser piegas.
Belo poema! Belas palavras ditas!...

Abraços de amizade deste Ser sentimental.

Sândrio cândido. disse...

palavras de um lusitano que conseguiu conviver e amar a sua patria, sem deixar que na sua historia se perdesse a poesia...
lindas palavras, lindo poema.
abraços

Poeta do Penedo disse...

Caros amigos Gibson Azevedo e poeta do inverno
há coisas que não se explicam. Ao ver esta fotografia tirada pelo meu filho mais velho, na praia da Barra, perto de Aveiro, o meu sentimento foi todo direccionado para a época dos Descobrimentos, uma época que continua viva em muitos portugueses. Não devemos ter vergonha do que de bom Portugal foi capaz de fazer. As vossas palavras são gratificantes em todos os sentidos.
Bem hajam os dois, meus amigos do outro lado do Atlântico, que esta estrada fenomenal, que é a internet, me ofereceu.